“O tropicalismo não existe mais como movimento”, diz Caetano Veloso no início do documentário Tropicália (2011), dirigido por Marcelo Machado e que estreia nos cinemas nesta sexta-feira (14/9).
Começar pelo final parece uma boa opção para um filme que trata de um assunto já tão discutido. Tropicalismo de novo? A boa noticia é que o assunto não se esgotou durante todo esse tempo e o documentário apresenta com criatividade um período fértil e importante da cultura nacional.
A fecundidade e diversidade das manifestações artísticas é expressa na quantidade de recortes do filme. Uma colagem de depoimentos de arquivo, trechos de programas de televisão e longa-metragens mostram personalidades como Glauber Rocha, Torquato Neto, Helio Oiticica, que estavam dentro do turbilhão cultural do final de década de 1960, além das figuras chaves do movimento, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Os Mutantes, Gal Costa e Nara Leão.
Diferente da maioria dos documentários, Tropicália não é construído através de entrevistas. Em vez disso, o filme se transforma em um mosaico do período social e cultural da época, envolvendo o espectador no espírito estético do tropicalismo. As informações são do Tribuna da Bahia.