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O filme "O discurso do rei" foi o grande vencedor da 83ª edição do Oscar, realizada na noite deste domingo (27) em Los Angeles. Indicado em 12 categorias, o longa-metragem de Tom Hooper saiu da cerimônia com quatro das principais estatuetas, incluindo a mais cobiçada: melhor filme, ator, diretor e roteiro original.
Principal rival de "O discurso do rei" na premiação, "A rede social", de David Fincher, recebeu três troféus: roteiro adaptado, trilha original e edição.
Como já se esperava, "A origem", de Christopher Nolan, dominou os chamados prêmios técnicos da noite, levando os Oscars de efeitos visuais, fotografia, mixagem e edição de som. O longa também estava indicado ao prêmio de melhor filme e direção, entre outros.
Concorrendo na categoria documentário, a coprodução Brasil/Reino Unido "Lixo extraordinário", sobre o trabalho do artista Vik Muniz com catadores do aterro do Gramacho, não levou a estatueta. O troféu ficou com "Trabalho interno" ("Inside job", no original), que joga luz sobre a grave crise financeira dos Estados Unidos de 2008.
Em entrevista, minutos após o anúncio do resultado, o codiretor João Jardim conformou-se com a derrota. "Nosso filme chegou muito longe, a gente sabia que era difícil bater 'Inside job' pela sua relevância para os americanos".
'Meus homens e minha mãe'
Ao receber o prêmio como melhor diretor, Hooper agradeceu aos "homens de meu triângulo amoroso: Colin Firth, Geoffrey Rush e eu". "Só estou aqui por causa de vocês… espero que essa referência não a deixe com ciúmes", completou dirigindo-se a Helena Bonham Carter, que faz o papel da Rainha Mãe em "O discurso do rei".
O diretor também agradeceu a seus pais, em especial à mãe. "Em 2007, minha mãe, que é australiana, foi convidada para ir a uma leitura de uma peça em Londres que não tinha sido produzida nem ensaiada de 'O discurso do rei'. Ela quase não foi, mas graças a Deus acabou indo e quando voltou para casa falou: 'Tom, eu acho que encontrei o seu próximo filme'. Com isso dedico [este prêmio] a você. E a moral da história é: escute a sua mãe".
O gago e a bailarina
"O discurso do rei" também garantiu o prêmio de melhor ator a Colin Firth, por sua interpretação do rei gago George VI. Aparentemente emocionado, o ator britânico não gaguejou em seu discurso de agradecimento, mas brincou: "Estou com um mal-estar no estômago, uma coisa que parece que está dançando na minha barriga. Talvez isso seja problemático, se isso descer para minhas pernas e eu ainda estiver no palco".
Natalie Portman confirmou o favoritismo e venceu a estatueta de melhor atriz por "Cisne negro". Grávida de seu primeiro filho e chorando muito, a atriz agradeceu à toda equipe do filme e principalmente a seu companheiro, o coreógrafo Benjamin Millepied, que a treinou para o filme. "Ele me deu o papel mais importante da minha vida", disse.
As categorias de ator e atriz coadjuvantes foram ambas de "O vencedor", para Melissa Leo e Christian Bale.
A animação "Toy story 3", outra que concorria à estatueta de melhor filme, venceu o prêmio de longa-metragem animado e também canção original, por "We belong together". A versão de Tim Burton para "Alice no País das Maravilhas" também levou dois: figurino e direção de arte. As informações são do G1.
Confira a seguir a lista completa de vencedores do 83º Oscar:
Melhor direção de arte
– "Alice no País das Maravilhas"
Melhor fotografia
– "A origem"
Melhor atriz coadjuvante:
– Melissa Leo – “O vencedor”
Melhor curta-metragem de animação
– "The lost thing", de Shaun Tan, Andrew Ruheman
Melhor longa-metragem de animação:
– "Toy story 3"
Melhor roteiro adaptado
– “A rede social”
Melhor roteiro original
– “O discurso do rei”
Melhor filme de língua estrangeira
– "Em um mundo melhor" (Dinamarca)
Melhor ator coadjuvante
– Christian Bale – “O vencedor”
Melhor trilha sonora original
– "A rede social" – Trent Reznor e Atticus Ross
Melhor mixagem de som
– "A origem"
Melhor edição de som
– "A origem"
Melhor maquiagem
– "O lobisomem"
Melhor figurino
– "Alice no País das Maravilhas"
Melhor documentário em curta-metragem
"Strangers no more"
Melhor curta-metragem
– "God of love"
Melhor documentário (longa-metragem)
– "Trabalho interno"
Melhores efeitos visuais
– "A origem"
Melhor edição
– "A rede social"
Melhor canção original
– "We belong together", de "Toy story 3"
Melhor diretor
– Tom Hooper – “O discurso do rei”
Melhor atriz
– Natalie Portman – “Cisne negro”
Melhor ator
– Colin Firth – “O discurso do rei”
Melhor filme
– “O discurso do rei”