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Com um tom parecido com o de “Mulher-Maravilha”, é possível dizer que a DC Comics e a Warner acertaram na adaptação dos quadrinhos para as telas de cinema. Aquaman estreia nesta quinta-feira e promete agradar os fãs da editora.
Para quem não sabe, Aquaman, interpretado por Jason Momoa, é um dos super-heróis que integram a Liga da Justiça, ao lado de Batman, Superman e Mulher-Maravilha. Ele é filho da Rainha Atlanna, que vive no oceano, no reino de Atlântida, com um faroleiro. Durante a infância, Arthur Curry, nome verdadeiro de Aquaman, vê a mãe voltando para a terra natal de modo forçado.
Quando cresce e se torna um adulto, Arthur se vê obrigado a ir até Atlântida para salvar os dois mundos de uma guerra cheia de matança ao lado de Mera, interpretada por Amber Heard.
A construção do personagem do Aquaman é bem trabalhada, e a participação de Nicole Kidman, no papel da Rainha Atlanna, chama muito atenção. Jason Momoa já revelou que, para entrar no papel de Aquaman, ele escutou muito Tool, Metallica e Black Sabbath. Posso dizer que a inspiração foi útil. Aquaman é sarcástico, durão, mas mostra se importar com a terra e com Atlântida.
Por ser uma história já muito conhecida, o filme poderia ser um pouco menor. As cenas de lutas e explosões parecem demorar mais que o necessário e a ideia é de que elas estão ali para preencher algum espaço. Mesmo assim, o filme não deixa de ser bom de assistir, já que a computação gráfica é perfeita.
Quando os personagens estão no fundo do Oceano, o que mais vem à memória são os episódios do desenho infantil “As Aventuras de Aquaman”. Todas as criaturas do mar, a comunicação de Aquaman com os animais aquáticos e os diálogos saíram perfeitamente bem.
Outra questão interessante são as referências à Mitologia Grega. Não só no roteiro e nos diálogos, mas também nos lugares frequentados por Aquaman e Mera na busca pelo Tridente do Rei Atlan, avô de Arthur.
Quem deixa muito a desejar é o vilão Arraia Negra. Ele tem poucas aparições e, nas vezes em que contracena com Aquaman, não mostra muita força. Quem sabe em uma possível continuação da história do herói de Atlântida ele não tenha mais crédito? Assista Aquaman, nesta quinta-feira, nos cinemas.
Outra estreia para este final de semana é o drama Colette. O longa, estrelado por Keira Knightley é sobre uma romancista francesa que sofre em um casamento abusivo. O marido tenta levar crédito por obras feitas por ela. Para sair dessa situação, ela decide se lançar como uma grande escritora e se candidata para o Prêmio Nobel de Literatura. O filme não é indicado para menores de 14 anos.
Já na Netflix, a novidade para a sexta-feira é um documentário produzido por Alfónso Cuarón, que retratou a vida doméstica e a hierarquia social, no México, nos anos de 1970.