Ainda Estou Aqui é o filme de menor orçamento entre os indicados ao Oscar 2025, de acordo com o IMDb. Dirigido por Walter Salles, a produção foi realizada com um custo de apenas US$ 1,35 milhão (cerca de R$ 8 milhões), um valor significativamente inferior ao dos demais concorrentes. O longa não recebeu financiamento público, sendo viabilizado exclusivamente por recursos da Globo em parceria com empresas do Brasil e da França.
Na categoria de Melhor Filme, Ainda Estou Aqui concorre com campeões de bilheteria e favoritos do público como Duna: Parte 2 e Wicked que custaram US$ 190 e US$ 150 milhões, respectivamente. O longa também marca presença nas categorias de Melhor Filme Internacional, voltada para produções de fora dos EUA, e Melhor Atriz Principal, com Fernanda Torres concorrendo ao prêmio.
Essa é a primeira indicação de Fernanda ao Oscar, seguindo sua recente vitória no Globo de Ouro como Melhor Atriz Dramática. Mais conhecida por seus papéis de comédia nos seriados “Tapas e Beijos” e “Os Normais”, Torres também já entregou performances dramáticas em obras como “Casa de Areia” e “Terra Estrangeira”. Sua mãe, Fernanda Montenegro, foi a primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 por “Central do Brasil”.
Já Walter Salles é dono de uma vasta filmografia que vai de pérolas escondidas como “Abril Despedaçado” até filmes hollywoodianos como “Na Estrada”, além dos supracitados “Terra Estrangeira” e “Central do Brasil”.
Conhecido por narrativas intimistas que destacam a imensidão emocional dos personagens, o diretor foi responsável pela adaptação do livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, para as telonas. A história segue o desaparecimento do ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva durante a ditadura militar. O filme explora o luto e sofrimento de sua família, principalmente da esposa, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres.
A entrega do Oscar 2025 está marcada para 2 de março. Ainda Estou Aqui está em cartaz em Feira de Santana e em cinemas Brasil afora.
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo João Pedro de Miranda sob supervisão da Jornalista Andrea Trindade
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