Viva a Seresta

Artista feirense grava projeto audiovisual no Centro de Abastecimento e atrai bastante público

Caíque Lopes também já fez parte da banda do cantor baiano Edcity, mas por conta da logística, não foi possível continuar no grupo.

Gravação do Projeto Audiovisual de Caíque Lopes
Foto: Divulgação

Como de costume, o Centro de Abastecimento registra forte movimento de comerciantes e clientes nas segundas-feiras, com a presença de vários caminhões com produtos de toda a Bahia e outros estados.

Mas algo que não está na rotina de muitas pessoas que ali trabalham, é participar de um projeto artístico. Foi o que aconteceu na semana passada, no dia 20 de maio.

Gravação do Projeto Audiovisual de Caíque Lopes
Foto: Divulgação

O cantor Caíque Lopes, 29 anos, morador do bairro Rua Nova, gravou um projeto audiovisual diretamente do Centro de Abastecimento, durante expediente normal do entreposto comercial, atraindo grande público que passava pelo local, além de comerciantes que em meio ao trabalho, aproveitaram para curtir um pouco da apresentação.

Os vídeos da apresentação do artista fizeram sucesso nas redes sociais na última semana. O portal Acorda Cidade conversou com o artista, que chamou a atenção do público com sua apresentação.

Gravação do Projeto Audiovisual de Caíque Lopes
Foto: Divulgação

“Eu sou um ser humano que busco e me esforço ao máximo em fazer o meu melhor em prol da alegria de todos. Por isso a minha ligação com a música que pra mim salva, cura, liberta e me faz pensar que eu posso de uma certa forma contribuir para a felicidade de todos que estão ao meu redor. Positividade faz bem e eu sou o tipo de pessoa que amo fazer o bem. Desde a minha infância sempre fui obcecado por música, meu pai era cantor e boa parte da minha família tem influência com a música. E por ver meu pai cantando, despertou esse desejo dentro de mim em também seguir a carreira”, contou Caíque em entrevista ao Acorda Cidade.

O artista também já fez parte da banda do cantor baiano Edcity, mas por conta da logística, não foi possível continuar no grupo.

“Eu já cantava antes da banda Edcity. Quando recebi o convite para tocar na banda não tive como recusar, pois era um sonho de criança. Infelizmente não deu para conciliar Salvador x Feira”, afirmou.

Gravação do Projeto Audiovisual de Caíque Lopes
Foto: Blog Feirense

Ao Acorda Cidade, Caíque Lopes contou como surgiu a ideia de gravar o primeiro projeto audiovisual no Centro de Abastecimento de Feira de Santana.

“Este foi o primeiro de muitos que virão. Vivi boa parte da minha infância como feirante no Centro de Abastecimento, onde sempre fui bem acolhido. Em reunião com meu empresário optamos pela gravação desse audiovisual no local com pessoas que sempre nos apoiou. A gente tem o intuito também de levantar a bandeira de um povo tão sofrido e levar a alegria para eles e de também resgatar a cultura da nossa Feira de Santana. A logística foi bastante tranquila, pois tivemos o apoio e colaboração de todos do Centro de Abastecimento, principalmente do bar Bahia Bar, que foi nosso ponto de encontro, e também a ajuda de todo pessoal da nossa técnica e produção Wsonorizações”, contou.

Gravação do Projeto Audiovisual de Caíque Lopes
Foto: Blog Feirense

Ainda de acordo com Caíque Lopes, o público reagiu de maneira positiva com a apresentação e destacou a seresta que também vem ganhando força no cenário musical, mesmo sendo um ritmo que atravessa décadas.

“Tivemos uma resposta muito positiva em relação ao público, onde conquistando um recorde de público em um dia lindo e abençoado por Deus no Centro de Abastecimento. Inclusive já estamos planejando outro projeto e logo estaremos executando. Essa é uma modalidade que sempre foi vista, mas acho que ainda não tem o reconhecimento que deveria ter. Como por exemplo, o sertanejo de hoje usa a célula do arrocha e titula como “sertanejo”. É uma modalidade que tem muito a crescer e está tomando uma proporção muito grande no meio musical”, afirmou.

Para o artista, muitos cantores que possuem notoriedade, ao exemplo de Zezo e Lairton, contribuíam na inspiração, mas ainda há um preconceito contra cantores que utilizam a voz e teclado.

“Eles são inspirações para mim, pois enquanto há o preconceito de que voz e teclado não pode crescer, eu paro, penso, reflito e volto ao passado lembrando desses artistas que marcaram o cenário musical e levantaram a bandeira da seresta. Isso me motiva a trabalhar para fazer com que a seresta seja novamente conhecida pelo Brasil e pelo mundo”, concluiu.

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