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Após 6 meses, inquérito sobre morte de Gabriel Diniz em acidente aéreo continua sem conclusão

Segundo a Polícia Federal, novo prazo vai até fevereiro de 2020.

Acorda Cidade

A Polícia Federal (PF) em Sergipe ainda não conseguiu concluir a apuração sobre o acidente com a aeronave que há seis meses vitimou o cantor Gabriel Diniz e dois pilotos, no Povoado Porto do Mato, em Estância (SE).

No dia 27 de maio, Gabriel Diniz e os pilotos Abraão Farias e Linaldo Xavier estavam a caminho de Maceió (AL) na aeronave Piper Cherokee PT-KLO, fabricada em 1974, com capacidade para quatro pessoas, e pertencente ao Aeroclube de Alagoas, que caiu em Sergipe. Diniz é intérprete da música 'Jenifer', grande hit do último verão.

De acordo com a PF, foi pedida uma nova prorrogação do prazo de finalização da investigação à Justiça Federal, pois o atraso na entrega de laudos adia a conclusão do inquérito. O prazo para a finalização, que inicialmente era de 30 dias após o acidente, passa para fevereiro de 2020.

Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que a investigação terá o menor prazo possível e que tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram. Além disso, a necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação.

Em junho, parte da fuselagem do avião foi devolvida ao proprietário, que ficou com o motor e o trem de pouso e vendeu o restante das peças de alumínio e ferro para um depósito de material reciclável em Aracaju.

Foto: Adema/Arquivo

No mesmo mês, técnicos da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema) encontraram objetos e novos destroços da aeronave. Foram encontrados um tablet, uma bateria, óculos, peças menores da aeronave e uma arma de fogo (que ainda não foi identificada a quem pertence).

Em agosto, o Aeroclube de Alagoas retomou as instruções de voo. As operações da instituição tinham sido suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde o acidente aéreo que matou dois pilotos e o cantor Gabriel Diniz.

À época, a Anac abriu investigação porque havia indícios de irregularidade nas operações do Aeroclube de Alagoas. Embora a aeronave estivesse em situação regular, ela só poderia fazer voos de treinamento ou de instrução, era proibida para o táxi aéreo.

A Anac informou que o processo de investigação se houve ou não táxi aéreo ainda está em curso, porém em fase final. Somente após a conclusão será possível verificar os encaminhamentos. Ao final da apuração, a agência pode encaminhar denúncia ao Ministério Público e à polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal.

Fonte: G1

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