Amigas mantém amizade à distância há mais de 30 anos 

O Dia do Amigo comemorado nesta quinta-feira, dia 20 julho, expõe as emoções mais sinceras em todo o mundo. Celebrado também mundialmente como o Dia Internacional da Amizade, a data é utilizada para lembrarmos de alguém que amamos e nunca soltamos a mão, mesmo nos momentos mais difíceis da trajetória da vida. Para festejar o momento, as amigas Geisa Ellen e Anali falaram ao Acorda Cidade como fazem para manter uma amizade à distância há mais de 30 anos. 

“Eu e Anali soubemos respeitar o espaço uma da outra, mesmo não concordando com algumas coisas que eu faça, ela sempre me apoia, conversa, expõe a opinião dela e eu do mesmo jeito. Então, respeitar o espaço é sempre em primeiro lugar, isso fez com que a amizade da gente durasse e dure. Às vezes ela não concorda, mas ela diz, amiga veja se o caminho é esse, se não tem outro jeito, mesmo indo contra, eu ouço ela, tento ver outro lado e mesmo fazendo diferente ela me apoia, então ela é meu porto seguro, a primeira pessoa que eu penso em contar alguma coisa que acontece comigo”, contou Geisa. 

Anali conta que consegue lidar com essa distância através da comunicação entre elas, seja pela afinidade ou pela facilitação das redes sociais. “Para mim ela é essencial, temos que nos falar pelo menos uma vez na semana. O que eu mais aprecio é a nossa afinidade, a gente parece que é irmã, tanto na aparência quanto no convívio, se fosse para gente conviver juntas, iríamos nos dar bem. Eu digo sempre que ela é minha amiga irmã, a irmã gêmea que eu não tive”, diz. 

Naturais de Itaberaba, na Bahia, as duas se conheceram aos 7 anos de idade na escola, a partir daí nunca mais soltaram as mãos. “Eu morava em Itaberaba e ela me incentivou, praticamente me forçou, a ir para Salvador, foi aí quando eu decidi sair do interior e ir procurar algo melhor e ela me apoiou, me acolheu, eu saí do casulo graças a minha amiga, a gente enfrentou isso juntas. Hoje a vida que eu tenho, o pensamento que eu tenho, a pessoa que eu sou eu devo a ela, graças a insistência dela na minha vida profissional”, contou Geisa ao Acorda Cidade. 

Hoje, Anali mora em Salvador desde os 13 anos e Geisa em Feira de Santana, ela conta que muitas vezes acabam se encontrando em Itaberaba, mas nunca deixam de realizar os encontros.  “A gente nunca deixou de se falar, nunca deixou o contato esfriar, nem a nossa amizade ficar para baixo. Essa afinidade que temos uma com a outra é por sermos muito parecidas e compreensivas”, conta Anali. 

Geise conta que um dos momentos mais marcantes da amizade foi quando sua mãe permitiu que ela fosse ao encontro da amiga para ir ao Carnaval de Salvador, já na idade adulta e que realizar esse sonho de conhecer a festa foi ainda melhor ao lado da amiga. 

Anali fala que todo encontro entre as duas é marcante e elas aproveitam a oportunidade para matar a saudade e deixar a vida mais leve. “Somos duas crianças quando a gente se encontra, não tem o que falar de ninguém, pelo contrário, a gente só fala da gente mesmo, rir por tudo, toma aquela cervejinha gelada”. 

As amigas mesmo a distância demonstram uma sintonia bonita se ver. Para expressar o que torna uma boa amizade, elas contam que a lealdade, a confiança, respeito e comunicação são fundamentais para não invadir o espaço do outro. “A gente sempre se respeitou e nunca perdeu a confiança uma na outra e é isso. Sempre quando se encontra, ressaltamos isso, que eu confio muito nela e ela confia muito em mim”, revelou Geisa. 

Na vida, em muitos momentos podemos passar por dificuldades, mas se há alguém para passar por isso com você, com certeza, a superação será mais fácil de conquistar. Geise diz que em momentos que teve que enfrentar a vida, ter a amiga ao lado foi fundamental para que tudo saísse bem. “Quando eu decidi morar em Salvador ela me acolheu, apoiou e me ajudou muito, estendeu a mão de uma forma que eu agradeço muito a ela e a Deus. A ela por ter me ajudado e a Deus por ter colocado uma amiga tão maravilhosa em minha vida”, continuou.