Rachel Pinto
A manhã desta terça-feira (5) começou com longas filas para a procura de emprego no centro da cidade de Feira de Santana. Na Casa do Trabalhador, situada na Rua Castro Alves o movimento foi intenso e por volta das 6h cerca de 200 pessoas estavam enfileiradas, já tomando o sentido da Avenida Sampaio.
Homens e mulheres de várias idades e de diversas profissões foram ao local em busca do primeiro emprego ou de uma nova oportunidade de trabalho. O eletricista Rosevaldo Jesus Ferreira, morador do conjunto Feira VII chegou ao local às 5h na expectativa de iniciar o ano com um novo emprego. Desempregado há meses ele disse que não tem muitas exigências e a oportunidade que surgir já será muito válida. “O que aparecer eu pego, não posso mais é ficar desempregado”, diz.
Moradora do distrito da Matinha, Cláudia Oliveira também integrava a fila na esperança de ocupar uma vaga no mercado de trabalho. Sem conseguir emprego há dois anos, ela busca uma chance na área de produção ou até em outro setor. “Sou da área de produção, mas estou à procura de emprego em qualquer área que surgir”, comenta.
Além da longa fila na Casa do Trabalhador, centenas de trabalhadores buscavam emprego na canteiro de obras do BRT (Trânsito de Ônibus Rápido) na Avenida Maria Quitéria. José Pereira é pedreiro e já tem nove meses sem trabalhar. Ele foi ao local em busca de uma vaga para trabalhar na obra. Todos os dias ele sai de casa, no bairro Rua Nova bem cedo e segue a sua rotina à procura de trabalho.
“Saio todos os dias atrás de emprego. Levo um classificador com todos os meus documentos e aonde eu chego é porta fechada. Enquanto não aparece nada vou fazendo bicos, dando uma diária de pedreiro para sustentar meus quatro filhos”, relata.
Candidatos em busca por empregos na cidade lotam diariamente instituições como a Casa do Trabalhador o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), agências de empregos e muitas empresas privadas e prestadoras de serviços.
Com informações do repórter do Acorda Cidade Paulo José