Acorda Cidade
Todo mundo que está na faculdade sonha em encontrar uma vaga de estágio para, finalmente, entrar no mercado de trabalho na área em que escolheu atuar. No entanto, não é nada fácil conseguir a tão sonhada oportunidade, uma vez que, a concorrência cresceu nos últimos anos por causa da crise. Então, para não deixar nenhuma chance passar é importante estar atento aos meios em que os recrutadores utilizam para encontrar estagiários, mas, além disso, é também essencial praticar o bom e velho networking, pois, ter uma boa rede de relacionamentos pode ser muito vantajoso ao longo da carreira profissional.
Pelo menos é o que indica a pesquisa “O perfil do candidato a vagas de estágio em 2019”, realizada pela Companhia de Estágios, consultoria especializada em programas de estágio e trainee. O estudo mostra que os sites de recrutamento são os principais meios para procura de estágio, 44% dos estagiários entrevistados conseguiram ao menos uma entrevista por esse canal, 28% conseguiram uma vaga de estágio por indicações e 12% por aplicativos ou plataformas de divulgação de vagas. Outro dado importante levantado é que 83% das pessoas que responderam a pesquisa se candidataram em até 10 sites diferentes de empresas especializadas em recrutamento e seleção.
Não existe segredo…
Segundo o diretor da Companhia de Estágios, Tiago Mavichian, não existe truques ou segredos para conseguir um estágio, mas para não deixar a oportunidade passar, o candidato deve sempre ficar de olho nas empresas, principalmente, as que ele gostaria de fazer parte e, claro, buscar saber qual é o meio que elas usam para divulgar as vagas. “Cada empresa possui métodos diferentes, as maiores, normalmente, contratam por meio de consultorias especializadas, elas divulgam as vagas e ficam incumbidas por todo o processo seletivo, sendo responsáveis por encontrar o estagiário que tenha as capacidades técnicas e comportamentais exigidas, no entanto, pequenas e médias empresas podem também utilizar deste serviço. Já as que não usam esse recurso, fazem divulgação através de seus sites, por redes sociais e recebem indicações, por isso, é importante manter os cadastros atualizados nos sites, acompanhar as empresas nas redes sociais e acionar sua rede de contatos.”, explica.
Perigos do ‘quem indica’
Apesar de haver consultorias especializadas em seleção e recrutamento, indicações ainda são um método comum no mercado de trabalho, contudo, a prática de indicar profissionais não deve passar por cima de todo o processo seletivo que a empresa propõe, afinal, é por meio dele que é possível analisar melhor os perfis dos candidatos. Se isso ocorre dentro de uma companhia, a probabilidade de contratar pessoas que não estejam alinhadas com a cultural organizacional e que não possuam as capacidades técnicas ou comportamentais exigidas são maiores. A indicação pode, sim, ser facilitadora, mas apenas no primeiro momento da seleção, depois, é necessário avaliar todo o conjunto de competências da pessoa em questão.
Mavichian detalha que muitas pessoas atribuem a dificuldade de não conseguir um estágio pela falta de indicações, mas segundo ele, não existe uma regra, porque, nem todas as empresas contratam desta forma. “Ser indicado a uma vaga não é garantia de contratação, porque existe todo um processo necessário que o candidato precisa se submeter e os recrutadores que ignoram isso estão assumindo um grande risco, pois, além da possibilidade de contratar a pessoa errada, podem desperdiçar algum talento que iria agregar a empresa. Ou seja, a indicação pode ser algo bom, mas deve ser levada a sério para que tanto o candidato quanto a empresa não se frustrem depois”, detalha o diretor da Companhia de Estágios.
E o Linkedin?
Em 2003, ano em que o Linkedin foi lançado, ele era visto apenas como um site de currículo, mas com o passar dos anos foi se aprimorando e cada vez mais os profissionais foram se interessando pela rede social, inclusive os jovens que estão na faculdade estagiando ou não. Hoje, ter uma conta neste site além de demonstrar um pouco mais de profissionalismo, é também uma ótima maneira de aumentar o networking, ficar de olho no mercado e em conteúdos interessantes sobre o mundo corporativo.
Mas no que diz respeito ao uso de redes sociais para encontrar vagas de estágios, o Linkedin é o site mais utilizado por 60% dos entrevistados. “Se tornou uma excelente ferramenta para fazer marketing pessoal e aumentar o networking. Por lá o candidato pode conhecer melhor a cultura organizacional das empresas, se conectar com profissionais que façam parte do mesmo nicho de mercado, acompanhar notícias do setor, procurar vagas e ler conteúdos que possam enriquecer a bagagem profissional. Não é uma ferramenta para pedir estágio, mas, sim, para aumentar as possibilidades de ter um”, explica Mavichian.
Qual o melhor caminho para as empresas e para os universitários?
Por mais que existam várias possibilidades e meios para a busca de um estágio ou estagiário, este processo precisa ser seguro e assertivo. As consultorias especializadas em programas de estágios, certamente, são o meio mais seguro tanto para a empresa quanto para o universitário, pois, elas fazem toda a busca dos candidatos, tem acessos as universidades, contam com profissionais especializados em RH, e, inclusive, estão nas redes sociais em contato direto com o público alvo, além de terem os conhecimentos devidos com a legislação para a contratação dos estudantes.
Obviamente, é valido contar com as outras ferramentas, porque não são todas as empresas que utilizam consultorias de RH, mas elas ainda são a principal forma de busca por estágio e são por elas que os estudantes obtêm mais sucesso, segundo a pesquisa feita pela Companhia de Estágios. “As consultorias possuem menos burocracia que as empresas para realizar todo esse processo por estarem totalmente focadas na contratação do estagiário, diferente de um departamento de RH dentro de uma empresa que precisa lidar com muitas outras questões além dessa, por isso a assertividade é muito maior”, finaliza Mavichian.