Mundo do Trabalho

Desvendando os testes vocacionais

Eles podem ajudar, mas não fazem o trabalho sozinhos nem são fórmulas mágicas.

Acorda Cidade

Não é raro os estudantes ficarem desesperados quando chega a temível hora de decidir qual área profissional seguir. Errar é mais comum do que parece, já que os adolescentes precisam fazer essa escolha quando ainda são muito novos. Para ajudar, existem os testes vocacionais ou testes de afinidade. Eles podem auxiliar o aluno nesse processo, embora não sejam garantia de acerto e nem uma fórmula mágica para resolução de todos os problemas.

O nome teste, inclusive, dependendo do contexto, já é defasado. Hoje, os profissionais preferem chamar de orientação vocacional. O serviço é oferecido por várias instituições por preços variados que contam com um time de psicólogos para coordenar os trabalhos. É importante saber que o diagnóstico desse teste de afinidade não vai impor uma determinada carreira ou área de atuação, como história ou arquitetura, por exemplo. Ele ajuda o estudante a se conhecer e a tomar as próprias decisões. Querer que um teste defina o que você vai fazer pelo resto da vida, além de ser fora da realidade, transfere uma carga maior de pressão tanto para o estudante quanto para os profissionais.

A orientação vocacional, portanto, não é uma solução mágica para os problemas. Ela será capaz de fazê-lo questionar sobre suas maiores dificuldades, desafios, aptidões, gostos e preferências, a ter conhecimento sobre o mercado e das opções de carreira existentes. É um trabalho de autoconhecimento e reflexão para que você possa tomar a melhor decisão de acordo com as informações que tem.

Mas atenção: isso não significa que você não pode mudar de rumo. É extremamente comum os estudantes trocarem de carreira por perceberem que não tinham a experiência suficiente na época e acabaram optando por um curso que não combinava com o perfil que possuíam. Muitas pessoas, inclusive, só encontram sua real vocação quando são bem mais velhas. Por isso, não se cobre tanto nessa fase. É importante fazer uma boa escolha, mas tenha em mente que essa decisão pode se modificar.

Em um processo tradicional de orientação profissional, os estudantes passam por conversas com psicólogos, dinâmicas de grupo e fazem exercícios para que possam saber se os interesses têm a ver com as aptidões que possuem. Após esse procedimento, os orientadores apresentam um levantamento das possíveis carreiras que o aluno pode seguir.

Por fim, ainda é necessário entrar em contato com profissionais que já estão no mercado. Essa fase é crucial para o estudante entender a diferença entre a expectativa e a teoria com a prática da profissão, diminuindo possíveis frustrações tardias que o aluno possa ter na universidade. Durante a orientação profissional, o adolescente também pesquisa sobre as ocupações, as instituições de ensino e a grade curricular de cada curso.

Outras dicas para quem está nessa fase é visitar universidades que possuam os cursos desejados. Muitas instituições, inclusive, permitem que o estudante assista algumas aulas. Quanto mais informação, melhor. Também é recomendado visitar empresas e conversar com pessoas que trabalham com a carreira que se pretende seguir. Certamente, depois de passar por todos esses processos, será mais fácil escolher uma área de atuação. Mas é fundamental se lembrar que essa não é uma decisão definitiva.
 

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