Bahia

Tribunal de Justiça tem um mês para fazer concurso

Uma das cobranças da categoria é a realização de concurso público para os cargos de delegatários nos cartórios ainda geridos pelo Tribunal de Justiça

Acorda Cidade
 
A paralisação nos cartórios extrajudiciais, iniciada ontem e que vai até o fim da semana, causou transtornos para quem precisou do serviço. Apesar de a adesão não ter sido total, os cartórios que abriram fizeram ‘operação tartaruga’ e atrasaram atendimentos. Uma das cobranças da categoria, que decidiu cruzar os braços na última semana de cada mês, é a realização de concurso público para os cargos de delegatários nos cartórios ainda geridos pelo Tribunal de Justiça.
 
Por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o TJ tem até 25 de junho para iniciar o processo seletivo. A ordem partiu do corregedor-geral do CNJ, Francisco Falcão. Na Bahia, a Lei 12.352, que determinou a privatização dos cartórios extrajudiciais gera polêmica
 
O artigoda lei permitiu aos servidores titulares a opção de assumir as unidades em caráter privado, na condição de delegatários. Apenas 10% dos titulares dos 1.463 cartórios optaram pela condição. As demais unidades ainda aguardam a realização de concurso para delegatários. Enquanto isso, continuam geridas pelo TJ
 
Porém, um ano após a lei ser sancionada e sem que o concurso fosse realizado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, contra esse dispositivo. Para Gurgel, o artigoé inconstitucional por possibilitar aos servidores da Justiça a delegação dos cartórios sem a realização do concurso público “de provas e título”
 
No Supremo, a matéria segue em análise. Enquanto isso, a realização do concurso na Bahia está travada. Em nota, o Tribunal de Justiça disse que está “engendrando todos os esforços na realização do concurso para delegatários”
 
O TJ argumentou que, desde que o procurador entrou com a Adin, o Cespe, instituto vencedor da licitação para realização do processo, demonstrou não ter mais  interesse no processo.
 
“O TJ-BA continua a busca por outras empresas. foram emitidos 12 convites, todos sem sucesso”, diz  o Judiciário, em nota. Procurado, o Cespe disse que não se pronuncia sobre o transcorrer de negociações para a realização de processos seletivos. As informações são do Correio.
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