Cancelada

Prova do Reda da prefeitura de Feira de Santana é cancelada

Durante aplicação, participantes do processo seletivo solicitaram o cancelamento da Prova.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A prova do Processo Seletivo Simplificado para professor temporário da Educação Municipal, via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), foi cancelada na manhã deste domingo (17). Segundo participantes, a avaliação que ocorreria das 8h até às 12h, na Unex (antiga FTC) e na Faculdade Anísio Teixeira (anexo 4), não pode ser aplicada, pois houve erros e alterações que não estavam previstas no edital. 

Beatriz Miranda, professora na rede particular de Feira de Santana, também iria fazer a prova. Para ela foi uma surpresa encontrar tantos problemas na avaliação.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Foi tudo muito rápido, inscrição, solicitação de isenção, hoje e amanhã o resultado já seria disponibilizado. Quando recebemos tinha questões de português, matemática, inclusive tem erros ortográficos também, então é uma prova que foi pura falcatrua”, disse.

O professor Carlos Iago é de Amélia Rodrigues e contou que foi uma surpresa a suspensão e os erros da prova. 

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“No momento, o fiscal da minha sala não deixou a maioria das pessoas saírem, a gente pediu calma para ver que o dono do curso poderia esclarecer. Falaram que não iria esclarecer e ‘quem quisesse fazer a prova, que era para fazer e quem não quisesse, que podia sair’. Não falaram nada sobre a situação. Deixou a gente sem condição nenhuma de continuar”, explicou. 

A moradora da Mangabeira, em Feira, Lucidalva Silva da Fonseca, chegou às 7h da manhã e também reforçou que a prova não condizia com o que estava no edital. A professora disse que não chegou a fazer a prova, pois logo as pessoas da sala repararam nos erros.  

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O edital solicitou 35 questões específicas e quando abrimos a prova, tinha questões de português, matemática. A partir disso, as pessoas da sala começaram a reivindicar para não fazer a prova. Começamos a conversar na sala sobre a situação, nos levantamos e logo em seguida saímos da sala. Após isso, toda a unidade já estava se mobilizando e outros colegas também já tinham deixado suas salas revoltados com essa situação, ou seja, com essa falta de respeito. Estamos saímos sem nenhuma resposta”, declarou. 

Outra professora da rede particular também iria tentar o processo seletivo. Carisse Neiva Ribeiro, conta que foi permitido o uso de relógio e não foi cobrado que guardassem os celulares. Assim que pegou a prova observou que estava escrito concurso público, mas é um processo seletivo Reda. Ela falou que a banca não correspondia com a responsabilidade de prestar um processo desse tipo e listou os erros.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O título estava errado, o erro de permitir o uso de celular, não lacrando de imediato, não houve chamada, nem solicitação de rg para identificação das candidatas e também o uso de relógios no pulso, coisas que a maioria de todos os processos seletivos ou concursos são exigidos e conferidos antes da entrada do candidato na sala de aula”, falou em entrevista ao Acorda Cidade. 

Mais relatos

Uma professora de Santa Bárbara, que não quis se identificar, chegou por volta das 6h50 da manhã. Ela contou que participantes pediram o cancelamento do exame.

“Foi pedido o cancelamento pelas participantes porque tinham conteúdos que não estavam previstos. No edital, dizia que era só conhecimentos específicos e aqui tinha português e matemática. Assim que a gente pegou a prova, a gente percebeu que tinha alguns erros e aí falou com ele, foi pedido paciência que o coordenador viria até a sala, mas ele não apareceu.  Chegou um fiscal volante e deu a informação que a prova tinha sido anulada e orientação era assinar a lista de presença para poder sair do local com a prova em mãos”, relatou. 

Outra professora, que não quis se identificar, contou que ao entrar na sala observou que não foi orientado para o não uso de celular. 

“Recebemos a prova, o cartão de resposta e constatamos que tinha conhecimentos que não foram exigidos no edital, tinham questões lógicas, de informática, de interpretação e assim foi constatado pelos outros candidatos e começou a manifestação”, disse.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A Secretaria Municipal de Educação (SEC) informou que houve um equívoco cometido pela empresa responsável pelo certame e que por questões de segurança, a SEC não tem acesso à prova. Das 35 questões, 20 não estavam de acordo com o edital de abertura de inscrições nº 01/2023.

A SEC também divulgou uma nova data para a realização da prova. Será no próximo domingo (24), nos mesmos locais (Unex e FAT) e horário (8h às 12h).

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