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Justiça favorece Advocacia-Geral da União para dar prosseguimento ao concurso da PRF

Concurso para 750 vagas está parado há um ano e meio. AGU conseguiu bloqueio de bens de organizadora e rescisão de contrato.

Acorda Cidade

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 3.791.637,72 nas contas e aplicações financeiras mantidas pela Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio), organizadora do concurso da Polícia Rodoviária Federal para 750 vagas, suspenso há quase um ano e meio por conta de brigas judiciais, após fraudes nas provas realizadas em outubro de 2009. Desde então, cerca de 110 mil candidatos aguardam o desfecho do concurso. A Funrio pode recorrer da decisão.

O valor é relativo às despesas previstas para pagamento de horas-aulas do curso de formação que não foi realizado. A 6ª Vara Federal do Distrito Federal considerou que a devolução do dinheiro é essencial para que a Polícia Rodoviária Federal dê seguimento ao concurso.

A AGU conseguiu ainda no Tribunal Regional Federal da 1ª Região a rescisão do contrato firmado entre a União e a Funrio após alegar descumprimento de cláusulas que visavam resguardar a legalidade do concurso.

A União ainda está pleiteando na Justiça que a Funrio apresente todos os relatórios contábeis de arrecadação referentes às inscrições, da prestação de contas e dados dos candidatos que tiveram suas inscrições confirmadas, para que se chegue ao valor total arrecadado referente aos 110 mil inscritos.

De acordo com a AGU, o valor deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros. Além disso, a União quer o pagamento imediato de multa no percentual de 5% sobre o valor total das inscrições corrigida monetariamente e também acrescida de juros. O processo está em andamento na 6ª Vara Federal do DF. A Funrio teria pago à União R$ 1,8 milhão relativo à sua parte das inscrições.

De acordo com a AGU, o efetivo de 9.226 servidores da PRF é insuficiente para o atendimento das demandas. Desde 1996, foi registrado um aumento de 112% na frota nacional e a população sofreu um acréscimo de mais de 30 milhões de pessoas, ao passo que o número de servidores do órgão aumentou em apenas 4,84%. Por isso, diz a AGU, a paralisação do concurso tem causado sérios prejuízos à União, decorrentes do pagamento de diárias e passagens para policiais rodoviários. As informações são do G1.

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