Concursos

Empresa move ação no MP para realizar Concurso da Câmara de Feira de Santana

Em uma coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (28), o presidente da Câmara Municipal, José Carneiro, reafirmou que não vai contratar a MSM.

Ney Silva e Rachel Pinto

A empresa MSM, ganhadora da licitação para realizar o concurso público na Câmara Municipal de Feira de Santana, moveu uma ação no Ministério Público (MP) com um pedido contra o poder legislativo para garantir sua contratação na realização do certame.

Numa coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (28), o presidente da Câmara Municipal, José Carneiro, reafirmou que não vai contratar a MSM. Ele também decidiu não anunciar a instituição que faria o concurso.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Eu recebi hoje uma notificação do Ministério Público informando que recebeu uma representação da empresa que participou e ganhou a licitação, a MSM. Se existe um processo, um mandado de segurança ou uma provocação ao Ministério Público, nós temos que ser coerentes. Nós temos que respeitar a iniciativa tanto da empresa quanto do MP de notificar e após a procuradoria da câmara tomar as decisões aí sim nós faremos este anúncio”, afirmou.

Segundo José Carneiro, o seu objetivo era fazer o concurso com a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e foram procuradas também a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual de São Paulo.

“Procuramos ainda uma fundação ligada à Universidade Federal da Bahia, e o nosso objetivo é fazer com uma instituição respeitada no Brasil, onde possa perfeitamente deixar qualquer colocação que venha denegrir a imagem ou a lisura do concurso”, acrecentou.

José Carneiro explicou que a licitação do concurso foi feita em dezembro de 2015 e concluída em março de 2016. Só em janeiro de 2017, que foi homologada a licitação. Esses nove meses para a homologação foi um fato que o deixou preocupado. Além disso, o vereador Ronny, que era o presidente da câmara na época, faleceu sem assinar o contrato.

“Confesso que a preocupação é essa. Eu acho que é muito estranho, o prazo foi muito longo para o processo licitatório, homologação e a assinatura do contrato. Um contrato que nem o vereador Ronny assinou. Oito meses que ele teve para fazer isso e não fez, não será Zé Carneiro que vai fazer. O que o Ministério Público quer é o que eu quero também, lisura do processo. Queremos um processo de um concurso público onde ninguém venha de alguma forma levantar qualquer suspeita de qualquer coisa errada”, concluiu.

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