Às 7h30 deste domingo, dia 18, diversas instituições de ensino no Brasil abriram seus portões para receber os candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). A prova, conhecida como o “Enem dos concursos”, contou com mais de 2 milhões de inscritos. Ao todo, 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos da administração federal, estão sendo oferecidas.
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A reportagem do Acorda Cidade foi até o Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães em Feira de Santana para acompanhar a chegada dos candidatos. A nutricionista e técnica em química, Marília Maia Freitas, de 29 anos, contou como foi a preparação para a prova.
“Eu venho estudando há um tempinho. Eu entrei agora nessa fase de concurseira e venho estudando já tem mais ou menos uns seis meses. A minha expectativa é muito grande. Porque está sendo um dos primeiros que eu faço. Muitas vezes a gente não encontra o trabalho na nossa área de formação, então a gente parte para o concurso. E, como está tendo muitos concursos esse ano, eu resolvi entrar nessa fase. Aproveitar essas provas que vão ter e ir estudando para fazer todos os que estiverem abertos”, disse.
Horas ininterruptas, sistema de fichas, mapa mental e caderno de lembretes são algumas das diversas estratégias de estudos para concurso. Marília admitiu que ainda não descobriu a melhor fórmula. “Eu continuo articulando essa questão de estratégia. Eu venho mais com o conhecimento que eu já tinha, me aprofundando nos conhecimentos específicos que pedem no concurso”, declarou a nutricionista.
Marília é natural de Santa Bárbara, cidade que fica a cerca de 35 km de Feira de Santana. Apesar da distância, ela falou que o esforço será bem recompensado com uma possível aprovação. “É uma grande oportunidade esse concurso unificado. Motivou bastante a gente, pois temos a oportunidade de concorrer a vagas do Brasil inteiro fazendo a prova em uma cidade mais próxima da nossa”, concluiu Marília após afirmar que está concorrendo a uma vaga de técnico em laboratório.
Girleide Sales dos Santos contou que saiu de Alagoinhas, cidade que fica a cerca de 80 km de Feira de Santana, às 5h da manhã deste domingo e que teve que desembolsar R$ 150,00 para pagar o transporte. Apesar das dificuldades, a jovem, que atualmente está finalizando o curso técnico em logística, acredita que o esforço também valerá a pena.
“É para tentar uma oportunidade. O emprego na modalidade CLT está muito difícil. Então, no concurso, eu vejo a oportunidade que eu preciso para entrar na área de formação que eu já tenho, que é de técnica agroindústria. Feira de Santana foi o lugar mais próximo para eu fazer a prova”, disse.
A preparação dos candidatos vai muito além dos estudos, incluindo também a atenção às orientações sobre o que pode e o que não pode ser levado no dia da prova para evitar transtornos. É importante estar preparado fisicamente para a duração da prova. Girleide disse que tem experiência com provas de longa duração, pois já fez o Enem 7 vezes. Ela falou como se preparou.
“Para mim é uma expectativa muito grande. Espero ter muito sucesso nessa prova. Eu não tive muito tempo para me preparar, mas acredito que a trajetória de vida e estudo que tenho, sempre buscando conhecimento, seja pela internet ou de outra forma, eu acredito que terei um bom resultado. Estou confiante”, declarou ao Acorda Cidade.
Outra estudante confessou que o horário é um desafio para os candidatos, principalmente para os que não moram nas cidades onde farão a prova. A jovem afirmou que teve que sair de Santa Bárbara por volta das 5h20 deste domingo.
“A maior dificuldade é a compatibilidade do horário do transporte. Porque o acesso para chegar às vezes não é o melhor. Porque se não tivesse um carro certo, a gente teria que correr atrás. E quem não tem transporte próprio tem essa preocupação a mais”, disse.
A concurseira falou sobre os desafios na preparação para a prova. “Eu queria ter tido mais tempo para estudar, para ver quais eram as minhas deficiências, o que eu precisava reforçar, mas eu fiz dentro do meu alcance, o que eu podia fazer. Tem uns seis meses que estou estudando. Acredito que preciso melhorar na área da matemática. Tem alguns assuntos específicos que você não precisa apenas saber o assunto, tem que saber além do assunto”.
Por conta do nível de responsabilidade e pelo que está em jogo, geralmente a possibilidade de mudança de vida, o candidato pode ter um grande vilão na hora de realização da prova, o próprio psicológico. A estudante revelou quais são as estratégias que adota para driblar a ansiedade.
“Quando a gente se submete a fazer um concurso, passa um filme na sua cabeça. Porque é uma mudança de vida. O que eu tenho procurado colocar na minha cabeça é o seguinte, eu vou tentar fazer o melhor e colocar tudo nas mãos de Deus. Se for da vontade dele e se eu estiver realmente preparada, vai ser a minha hora e, se não for, que sirva de aprendizagem. A gente não deve abaixar a cabeça. Devemos sempre pensar positivo. Esse é o melhor espírito para você tentar se acalmar nesse momento”, finalizou a jovem.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Andrea Trindade
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