Feira de Santana

Candidatos ao concurso do TJ-BA vão ao MP reclamar de irregularidades em prova

Os candidatos foram recebidos no MP, onde entregaram os cadernos de provas e um documento relatando toda a situação. De acordo com um dos candidatos, a documentação será encaminhada para promotores, que vão analisar o caso.

Daniela Cardoso e Ney Silva

Surpresos e inconformados com a aplicação das provas do concurso para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), um grupo de candidatos esteve na manhã desta segunda-feira (26) na sede do Ministério Público de Feira de Santana em busca de uma solução. Em Feira de Santana, o concurso, que foi realizado no domingo (25), ocorreu no colégio Gastão Guimarães e nas Faculdades de Tecnologia e Ciência (FTC), Unopar e na Uniasselve.

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Segundo Alex do Nascimento Ambrosio, um dos candidatos que procurou o Ministério Público, o problema ocorreu na prova para o cargo de Analista Judiciário na especialidade Tecnologia da Informação. Ele disse que na sala tinha 25 pessoas e que as provas continham assuntos relativos a Direito, nada tendo a ver com a função. 

“De imediato tivemos a surpresa de receber provas que não eram da nossa especialidade. Recebemos uma prova da especialidade de Direito e até o fiscal se mostrou preocupado com a situação. Comunicamos o pessoal da coordenação do concurso, que de imediato informou que ia tentar resolver a situação com a reserva técnica, que estava na escola. Depois disseram que não havia essa reserva técnica na escola e sugeriram que as provas fossem recolhidas”, informou.

Além do problema de provas trocadas, o candidato Alex do Nascimento Ambrosio relata que outro problema surgiu. De acordo com ele, o coordenador levou novas provas em substituição às que estavam trocadas, porém alguns candidatos receberam provas com o número de páginas diferente.

“Depois de mais de uma hora de espera chegaram algumas provas, porém descobrimos que elas eram diferentes. Tinha provas com oito páginas e outras com 12. Além disso, tinha páginas em branco no meio da prova”, informou.

Os candidatos fizeram a prova no colégio Gastão Guimarães e, de acordo com Alex, ele não tem conhecimento que tenha ocorrido problemas em outros locais de provas, em Feira de Santana. Ele afirma que dos 25 candidatos que estavam na mesma sala que ele, 22 optaram por não fazer mais a prova.

“Temos a assinatura de 22 candidatos, tudo foi relatado e assinado na ata. Agora viemos ao MP para pedir a anulação das provas para o nosso cargo. Queremos a anulação apenas para nossa função, já que de modo geral, não temos informações sobre outros problemas”, ressaltou.

Os candidatos foram recebidos no MP, onde entregaram os cadernos de provas e um documento relatando toda a situação. De acordo com um dos candidatos, a documentação será encaminhada para promotores, que vão analisar o caso.

Salvador 

Em Salvador também houve problemas na aplicação das provas. Erros foram encontrados nos cadernos de provas para os cargos de Analista Judiciário-Administração e Analista Judiciário-Contabilidade levaram ao cancelamento do processo seletivo para esses dois cargos pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). 

Através de nota, o TJ-BA informou que as provas não correspondiam aos cargos para os cursos de Administração, que teve 1.091 inscritos, e Contabilidade, com 644 candidatos por vaga. Ainda segundo a nota, assim que foi alertada do problema, a Comissão Examinadora do Concurso exigiu os esclarecimentos técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela aplicação das provas.

O erro, segundo a FGV, ocorreu no momento da impressão e envelopamento das provas. Ainda segundo a FGV, "nenhum candidato será prejudicado, pois todas as providências serão tomadas e anunciadas o mais rápido possível". A data para realização da nova prova para os cargos que tiveram as provas anuladas não foi informada.

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