Mundo do Trabalho

Analista diz o que os recrutadores observam em um candidato em busca emprego

O Senac participou nesta terça-feira do Feirão de Empregos da Faculdade Maurício de Nassau, que atraiu cerca de 800 pessoas em busca de emprego e estágios.

Laiane Cruz

Atualizada às 18:3

O Feirão de Empregos realizado ontem (20) pela Faculdade Maurício de Nassau, em Feira de Santana, atraiu cerca de 800 pessoas interessadas em conquistar a tão sonhada vaga de emprego ou estágio e se inscrever em diversos cursos. 

A analista Kerciane Gondim, responsável pelo banco de dados do Senac, que oferece diversos cursos profissionalizantes e fez encaminhamentos para diversas vagas de emprego durante o feirão, explicou o que os recrutadores observam em um candidato que busca uma oportunidade de emprego.

“No primeiro momento, a gente avalia o currículo, que são as competências técnicas dele, depois verificamos quais foram as suas experiências profissionais, os cursos que ele fez, e nós vamos partir para as competências comportamentais, que é o grande diferencial para o mercado de trabalho”, afirmou a analista.

De acordo com Kerciane, muitas pessoas se queixam que colocam currículos e nunca são chamadas. Ela esclarece que isso acontece por diversos motivos, e o primeiro é por estarem fora do perfil da vaga, que, segundo ela, é constituído de experiência profissional, cursos, referências pessoais e competências comportamentais. “Existe também a dificuldade com número de telefone, pois muitas pessoas trocam de telefone e não avisam nos bancos de dados. Isso faz com que a gente tente falar com elas e não consiga”, disse.

Outro ponto destacado pela analista para aqueles que buscam uma vaga no mercado de trabalho é a qualificação profissional como cursos de graduação, cursos profissionalizantes ou técnicos. Ela indica que cada um vai terá a sua especificidade, tudo depende do que o candidato quer para a carreira dele.

“Os cursos de capacitação são muito importantes, mas outra coisa que é muito importante é a experiência profissional. O que faz a diferença nos processos seletivos são as experiências profissionais somadas aos cursos. Não pode ser uma coisa só, tem que ter conhecimento e experiência profissional”, ressaltou.

A analista do Senac acredita ainda que em Feira de Santana muitas pessoas deixam de entrar no mercado de trabalho por falta de educação de base e um sentido de propósito.

“Há dificuldade de a gente ter pessoas na área de vendas. Hoje a área que tem mais oportunidades de empregos é a área de serviços e de comércio. Diversas vagas para a área de vendas, atendimento ao cliente como garçom, garçonete, a parte de gastronomia também é bem procurada, e são áreas que as pessoas não estão querendo porque trabalha de domingo a domingo, trabalha à noite. Essa já é uma realidade de Salvador e as pessoas em Feira de Santana vão ter que se adequar”, declarou.

Ainda de acordo com Kerciane Gondim, a exposição nas redes sociais também é algo que pode prejudicar o candidato. “As pessoas acham que podem fazer do facebook um local para desabafar seus problemas, expor questões da vida pessoal, mas temos que ter todo o cuidado tanto para o whatsapp, quanto para o facebook, o Linkedin, twitter, todas as redes sociais, porque os recrutadores vão olhar. É importante que as pessoas que estão procurando emprego tenham essa maturidade profissional”, completou.

Oséias Santos de Jesus, que participou do banco de dados do Senac, já está trabalhando e falou da sua experiência. “Eu estava na expectativa de entrar no mercado de trabalho, porém havia dificuldade. Aí surgiu uma oportunidade do Senac do curso de auxiliar administrativo, e através desse curso foi que surgiu o trabalho. Não tinha experiência, e após o curso obtive resultado”, afirmou.

Alex Morais, diretor da Faculdade Maurício de Nassau

O número de participantes surpreendeu os organizadores do Feirão de Empregos, que esperavam em torno de trezentas pessoas no evento.

“A gente está com um cenário de dois milhões de desempregados, e como várias pessoas estavam trazendo currículos aqui para a faculdade, a gente viu a necessidade de ajudar essas pessoas a buscar emprego e estágio. Então fizemos uma parceria com CIEE, o IEL, Casa do Trabalhador, Senac e algumas empresas que foram parceiras desse projeto, para estar dando orientações, capacitando, fomentando, e dando oportunidades para entrarem no mercado de trabalho. A demanda surpreendeu”, afirmou o diretor da faculdade, Alex Morais.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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