Com a lista na mão e muita disposição para pesquisar preços, a dona de casa Geysa Barbosa Vieira Dias visitou várias papelarias para comprar material escolar. Segundo ela, a filha estuda em uma escola particular da cidade e foram muitos itens solicitados, tanto para serem levados para a unidade, quanto de uso pessoal da criança.
“A diferença de preços é grande, temos que pesquisar bastante, porque de uma livraria para outra compensa você pesquisar. Vim comprar materiais para levar para a escola e de uso pessoal. É muita coisa, vou gastar na faixa de R$ 600 só com os materiais de uso pessoal, fora os da escola”, afirmou.
Pesquisando em vários estabelecimentos Geysa Barbosa sentiu que os valores estão bem elevados, em comparação com o ano passado.
“Caderno está caro, está tudo caro, não tem nada barato, já fui em cinco lojas hoje. No pós-pandemia, apertou, e tem que pesquisar para achar o mais barato, andar bastante”, destacou.
A psicóloga Marcely Ferreira Aguiar confirma que os preços dos materiais estão bastante elevados.
“Comparando com o ano passado, estão bem mais salgados os preços. Vim comprar mochila, caderno e marca-textos. As mochilas subiram bastante, o que está mais ou menos são os lápis, canetas, marca-texto, agora os preços dos demais estouraram. Em algumas livrarias a diferença é pouca”, informou à reportagem do Acorda Cidade.
Na opinião da psicóloga, muitos materiais pedidos nas listas pelas escolas acabam não sendo utilizados durante o ano, e tantos itens acabam pesando no bolso dos pais.
“As escolas deveriam rever as listas, porque acabam pesando no orçamento da família. As escolas pedem classificadores, muitas borrachas, lápis, lápis de cor, principalmente para educação infantil, então é muita coisa”, reclamou.
O vendedor João Oliveira Santos, que trabalha em uma livraria da cidade, acredita que o movimento de consumidores em busca de materiais escolares deve aumentar ainda mais a partir da terceira semana de janeiro, quando se aproxima o retorno das aulas.
“A gente está aguardando um movimento maior a partir da terceira semana de janeiro, lá para o dia 20 em diante, que começa a movimentação maior, porque as aulas começam dia 30. E geralmente o pessoal deixa para a última hora”, afirmou.
Com relação aos preços, ele acredita que o reajuste está dentro do padrão.
“Não só aqui, mas em todos os lugares tiveram alguns reajustes, mas o aumento não foi tão alto. Está dentro do padrão. Aqui os preços estão bons, a gente sempre faz o orçamento para o cliente e a maioria sempre volta. Mochila está vendendo bastante, cadernos, mais lá para frente vende mais. Chega uma época que aqui fica cheio para o final de janeiro”, disse.
Roque Medeiros, proprietário de uma papelaria na Avenida Senhor dos Passos, revelou que a procura pelo material escolar começou desde o final de dezembro e vai continuar até o final de fevereiro.
“As vendas de materiais escolares têm um aquecimento a partir do final de dezembro e início de janeiro. Estamos tendo um crescimento gradativo e relativamente bom. A gente pega esse movimento de volta às aulas até o final de fevereiro. Nós vendemos todos os materiais que o aluno precisa para a escola, a lista sai completa da nossa loja”, afirmou.
Os preços, segundo ele, sofreram um reajuste dentro da inflação.
“Com relação aos preços tiveram pouco acréscimo, cobriu mais ou menos a inflação, em torno de 5 a 8%, em comparação com o ano passado. Os produtos mais procurados no momento são mochilas e cadernos. Nosso estoque está bom porque nos preparamos cerca de oito meses antes da volta às aulas, então desde o mês de outubro estamos com todo o material e o estoque completo”, disse.
Mesmo com a elevação dos preços do material escolar, o empresário acredita que as vendas irão superar às dos anos anteriores.
“As vendas este ano devem superar o ano passado, mesmo porque vamos ter um ano completo de volta às aulas, todas as escolas funcionando. No ano passado e retrasado a pandemia nos atrapalhou um pouco”, contou.
Confira a pesquisa realizada pelo Procon de Feira aqui.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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