Educação

Vereador diz que APLB só denuncia problemas na rede municipal; sindicato rebate

O vereador saiu em defesa do governo municipal

Laiane Cruz

O vereador Luiz Augusto Lulinha, líder do governo na Câmara Municipal de Vereadores, criticou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), Marlede Oliveira, afirmando que ela não denuncia os problemas existentes nas escolas da rede estadual, somente das escolas municipais.

“Eu quero saber se a APLB está fazendo a mesma fiscalização que está fazendo no município, nas escolas estaduais de Feira de Santana. A gente só vê a professora Marlede falar das escolas municipais. Ela tem ido à escola do Viveiros, viu as rachaduras, que está em tempo de cair o prédio? Será que ela foi averiguar nas escolas estaduais se tem máscara, se não têm, se realmente abriram com todas as condições para atender os alunos? Será que ela está acompanhando as escolas que estão sendo reformadas, ampliadas e equipadas, como foi entregue ontem a quadra de esportes da escola Ana Brandoa, a do Aviário, e tantas outras escolas que o prefeito está entregando todos os dias”, declarou, saindo em defesa do governo municipal.

Em resposta às declarações de Lulinha, a sindicalista afirmou ao Acorda Cidade que no dia 20 de agosto desse ano protocolou uma denúncia no Ministério Público da Bahia, referente à situação de nove escolas da rede estadual, por problemas na estrutura física, salas sem ventilação, incluindo o Colégio Estadual Fênix, do Conjunto Viveiros, que está com sérios problemas estruturais, com rachaduras nas paredes, piso cedendo e infiltração.

Ela informou também que protocolou uma denúncia também sobre as escolas municipais, apontando os problemas nas estrutura física das escolas, falta de materiais e condições para o retorno semipresencial.

“Nós da APLB já divulgamos nas nossas redes sociais e na imprensa, a situação das escolas de Feira de Santana, como também sobre o retorno semipresencial, faltando condições em muitas escolas. Nós detectamos 36 escolas em Feira de Santana, que não têm condição nenhuma de retorno às aulas semipresenciais, mas o mais grave é que nessa volta também está faltando muita coisa. As escolas não têm merenda, não tinha máscara para as crianças e estão recebendo agora, teve diretor que teve que tirar do bolso para comprar material ou tirar do PDDE para iniciar o ano letivo em agosto, um caos total”, denunciou Marlede Oliveira.

A diretora da APLB questionou ainda sobre o uso dos recursos recebidos dos precatórios, que 40%, segundo a sindicalista, é destinado a reformar as escolas.

“O prefeito recebeu dos precatórios desde 2018, no valor de R$ 248 milhões e na semana passada o secretário da Fazenda, Expedito Eloy, disse que já gastou R$ 36 milhões. 40% desses recursos dão quase R$ 100 milhões, que dariam para consertar todas as escolas de Feira de Santana, melhorar as condições materiais das escolas. Passou um ano, desde o ano passado, e teve todo o tempo para melhorar as escolas. Começaram as aulas semipresenciais e ainda estão assim. Tem os recursos e a situação não melhorou, no que diz respeito às condições físicas das escolas”, afirmou.

Marlede Oliveira acrescentou ainda que o vereador Lulinha fala o que não sabe. “Nós iremos também enviar (o relatório) para o gabinete dele”, frisou.

Com informações da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade. 

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