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Agência Brasil – Universidades federais e estaduais brasileiras estão participando de uma pesquisa internacional sobre a efetividade do uso de máscaras pela população para se proteger do novo coronavírus (covid-19). O objetivo é compreender o impacto das estratégias adotadas até o momento, contribuindo para minimizar a disseminação da infecção da covid-19.
A pesquisa Prática do uso de máscara facial entre o público em geral durante o surto de covid-19: um estudo transversal multinacional é coordenada pelo professor Simon Ching Lam, da Hong Kong Polytechnic University. A investigação inclui, além do Brasil, Hong Kong, China Continental e Macau, Reino Unido, Coreia do Sul, Filipinas, Turquia e Estados Unidos.
No Brasil, o trabalho é coordenado pela professora Fernanda Pereira Ávila, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF), polo de Rio das Ostras. A pesquisadora explicou que o levantamento de dados, por meio da internet, irá verificar as necessidades e dificuldades no uso de máscara facial entre adultos durante a pandemia.
“Os coordenadores das diversas localidades organizarão a coleta de dados e cada país terá uma quantidade de questionários a serem respondidos. Assim que alcançarem essa meta, repassarão os dados ao professor da universidade chinesa para análise em âmbito mundial. Em paralelo, os grupos de pesquisadores das diferentes nações analisarão suas informações em seu contexto nacional”.
Participantes
Também participam da pesquisa cientistas de outras universidades brasileiras, como da Universidade Federal do Ceará, Universidade de São Paulo, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Universidade Federal de Goiás e a Universidade Federal do Pará.
A meta do Brasil é que sejam preenchidos 10 mil questionários, disponíveis na internet. Após preencher alguns dados gerais, como idade, sexo e escolaridade, são feitas perguntas sobre o uso da máscara e, por fim, sobre o estado emocional do participante durante a pandemia. A coleta de dados no país começou no dia 16 de março.
Segundo Fernanda, a participação de moradores das regiões Sudeste e Nordeste tem sido boa, mas os pesquisadores esperam alcançar um número representativo em todas as regiões.
“Na análise dos dados, vamos observar, primeiro, os resultados em nível nacional, depois por regiões e, finalmente, por estados. Uma parte dos dados coletados já foi repassada ao professor Simon para a análise mundial. Todos os países seguem com as coletas até que se chegue ao objetivo determinado para cada local. É uma pesquisa inédita, nunca realizada nesta escala”, disse a professora.
O preenchimento do questionário demora cerca de 10 minutos e podem participar pessoas com mais de 18 anos, que não serão identificadas.