Feira de Santana

Uefs e Sustentare realizam formatura da 3ª turma do Projeto Alfagaris

Após dois anos de paralisação do Alfagaris, o projeto retoma as atividades em abril deste ano, com mais duas novas turmas.

Acorda Cidade

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), em parceria com a Empresa Sustentare Saneamento S.A., realizou na última quinta-feira (24), a formatura de 25 alunos, profissionais da limpeza pública, do Projeto Alfagaris. Três deles não puderam participar do evento por conta da covid, mas receberam a certificação. A solenidade aconteceu no auditório central da Uefs e contou com a presença do reitor, Evandro do Nascimento, do presidente da Sustentare, Adilson Martins, das coordenadoras do Alfagaris, professoras Sandra Nívea Soares e Rita de Cássia Oliveira, da Pró-Reitora de Extensão, Rita de Cássia Brêda bem como as alfabetizadoras, colaboradores do projeto, familiares dos formandos e personalidades feirenses.

O orador da turma, Luiz Claudio dos Santos Nogueira, destacou a experiência de vivenciar o projeto. "Durante os meses do projeto, nós percebemos a importância da educação, estamos atentos às notícias dos jornais; esse projeto nos permitiu um novo olhar sobre o mundo através da alfabetização. O projeto Alfagaris nos resgatou o diálogo, o respeito e a confiança", disse o estudante.

A turma foi dividida em duas e teve aulas regulares de segunda à quinta, entre abril de 2019 e janeiro de 2020, mas por conta da pandemia só foi possível agora realizar a cerimônia de certificação de alfabetização. A madrinha da turma e coordenadora administrativa da Sustentare, Teresinha Ferreira, explicou que o projeto é uma idealização da empresa e que através da parceria com a Uefs foi possível realizá-lo em Feira de Santana.

Ela ainda falou dos ganhos dos estudantes ao adentrar o mundo letrado. "Eles estão conseguindo se virar sozinhos, ir em banco sacar dinheiro, pegar ônibus sozinhos, indo ao mercado verificar as validades; está fazendo uma grande diferença na vida deles; e hoje eles estão muito felizes e eu me sinto realizada em ver a mudança que este projeto está fazendo", disse.

A coordenadora do Projeto, Sandra Nívea explicou que além da alfabetização baseada na pedagogia de Paulo Freire, os estudantes também vão ao teatro, participam da Feira do Livro e realizam atividades de campo em outros espaços da cidade. A professora também comentou a relevância do projeto para os alunos e para a cidade.

"É um projeto que ao mesmo tempo que anuncia a autonomia e cidadania para os alfabetizandos, é também um projeto que denuncia as desigualdades, porque esses estudantes só são estudantes de Eja (da educação de jovens e adultos, que engloba a alfabetização tardia), porque o estado e município falharam na idade regular deles, não dando condições de acessar e permanecer na escola; de toda sorte, torna-se importante porque é uma grande contribuição na diminuição dos índices de analfabetismo no município", disse a professora.

Após dois anos de paralisação do Alfagaris, o projeto retoma as atividades em abril deste ano, com mais duas novas turmas.

 

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