Rachel Pinto
Diversas categorias de trabalhadores e estudantes foram às ruas de Feira de Santana na manhã desta terça-feira (13) em um protesto a favor da educação e contra a Reforma da Previdência e a perda de outros direitos trabalhistas.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Com a manifestação, as aulas em escolas municipais, estaduais e também na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) foram suspensas nesta terça.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB- Feira), Marlede Oliveira, declarou que o movimento reivindica a suspensão do corte de verbas da educação e inclusive devido a isso, muitas universidades não estão em bom funcionamento.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“O governo tirou 1 bilhão para poder dar emendas aos deputados da educação. Fez essa barganha lá e tirou 348 milhões também que vai incidir na questão de compra de livros e de materiais no Fundo Nacional de Educação. Nesse sentido é necessário que as entidades, os estudantes, a classe trabalhadora venha se manifestar com todas as medidas que o governo Bolsonaro tem tomado em relação a não melhorar a educação. Estamos reunidos, a APLB , os estudantes, a Adufs, sindicatos e movimentos sociais organizados nesta manifestação de rua”, frisou.
A sindicalista relatou que considera o futuro da educação incerto e muito ruim. Para ela, se não houver educação de qualidade não há condições dos filhos dos trabalhadores alcançarem oportunidades no mercado de trabalho.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“O governo Bolsonaro chega e ao invés de melhorar os investimentos para educação, todas as medidas são no sentido de tirar. Por isso só resta a nós protestar e mostrar a nossa indignação”, afirmou.
O coordenador da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), Jucelio Dantas explicou que neste dia de mobilização nacional as principais reinvindicações são contra a Reforma da Previdência, a retirada dos direitos trabalhistas e a situação da educação.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Vai mexer com o trabalhador, aqueles menos favorecidos, o operário mesmo. A classe mais abastada não vai ter consequências maiores e os políticos estão cada vez mais privilegiados. Os trabalhadores cada vez mais desprezados e sendo tiradas todas as suas garantias de direitos trabalhistas. Além disso agora, a questão da aposentadoria, onde a perspectiva de um servidor se aposentar é a mínima possível agora. Esse movimento é um ato nacional e o somatório de todos esses atos em todo o pais, vai unir forças, vai mostrar para a sociedade e pra o governo brasileiro que nós estamos mobilizados que ainda temos que lutar e vamos lutar pela garantia de direitos trabalhistas e pela”, relatou.
Jucelio informou que a situação atual das universidades estaduais é a pior possível e nunca foi enfrentada uma situação tão difícil como essa de agora.
“Os salários dos docentes estão achatados, os direitos trabalhistas sendo vilipendiados e o governo do estado sem a menor sensibilidade para atender as reivindicações do movimento docente. A gente luta por melhoria da qualidade da educação pública e nas universidades estaduais a nossa luta também é por esse caminho”, declarou.
Pablo Bandeira integrante da Frente Brasil Popular também confirmou a pauta do movimento e a indignação da classe trabalhadora em relação ao corte dos recursos da educação.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“O governo Bolsonaro anunciou mais um corte de 348 milhões que afeta principalmente a chegada de material didático nas escolas, diretamente o ensino. Nós estamos defendendo o direito a educação e que o governo federal respeite isso. Então estamos nos manifestando aqui hoje .Os cortes afetam diretamente desde a qualidade do ensino até o funcionamento das universidades. A gente que ter o direito a estudar e o direito a permanecer no ensino superior e também a educação básica que é a base de tudo, o futuro do Brasil é a educação e estamos defendendo o nosso futuro”, finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.