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O Sirius Acadêmico é um projeto que promove a inclusão de jovens, a partir dos seis anos, no mundo das ciências. A iniciativa foi criada pelos programadores Maria Karla Moura e Artur Barroso. Oferecendo treinamento e preparação para competições de forma gratuita, o projeto nasceu com a missão de aproximar a juventude de baixa renda da astronomia.
“Esse é o primeiro ano do projeto. Nosso objetivo principal é fazer o projeto crescer e englobar o maior número de pessoas possível dentro das nossas capacidades. Esperamos trazer a ciência e o conhecimento para a vida desses jovens, além de facilitar o ingresso dessas pessoas em universidades, seja no Brasil ou no exterior”, disse Artur.
O nascimento de uma estrela
O fundador do Sirius contou, em entrevista ao Acorda Cidade, que o projeto surgiu a partir do sentimento de ausência. Ao acompanhar os preparativos para a cerimônia onde recebeu uma medalha pelo desempenho no projeto Caçar Asteroides, Artur sentiu falta de jovens de baixa renda na premiação.
“Com toda a interação que nós tivemos com a cerimônia, percebemos que havia poucas pessoas, principalmente de baixa renda. Faltavam essas pessoas. Então, tivemos a ideia de criar um projeto que incentiva a participação em projetos de iniciação científica”, disse.
Um universo de possibilidades
O jovem contou que o projeto ainda não conta com qualquer tipo de apoio ou ajuda financeira e que ele e a engenheira de software Karla Moura estão investindo tempo e dinheiro para que o Sirius siga a própria trajetória. Artur orientou que os interessados podem colher informações no Instagram oficial do projeto.
A iniciativa oferece treinamento para competições e olimpíadas nacionais voltadas para a área das ciências. Os fundadores pretendem utilizar a experiência na área de programação para atrair jovens a conhecerem um universo que pode parecer complexo à primeira vista, mas oferece muitas possibilidades.
“Sabemos o quanto a programação pode facilitar a vida das pessoas em qualquer área. Principalmente para os jovens, ela pode incentivá-los a desenvolver melhor a criatividade e o pensamento lógico. Algumas universidades, como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), oferecem vagas para pessoas com destaque nas Olimpíadas mesmo sem ter passado no vestibular”, disse.
O céu é o limite
Artur está atualmente cursando o 3º ano do ensino médio em uma escola particular de Feira de Santana. Ele e a colega carioca Karla Moura participaram do Caça Asteroides, um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
Segundo informações do site oficial do programa, o último levantamento aponta que a iniciativa já detectou 1.423 asteroides; 80 deles foram identificados pela dupla Karla e Artur.
“O Caça Asteroides foi uma experiência muito legal, saber que você está ajudando cientistas profissionais a explorar melhor o nosso universo. Nós recebemos pacotes de imagens de dois telescópios no Havaí e identificamos o que é um asteroide e o que não é”, concluiu Artur.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araujo sob supervisão
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