“Queremos aula. Nossos filhos querem estudar”, declararam na manhã desta terça-feira (12) pais e mães de alunos matriculados na escola municipal Luciano Ribeiro Santos, no bairro Parque Lagoa do Subaé, em Feira de Santana.
Mesmo após o fim do primeiro semestre letivo, os alunos continuam sem aulas, por falta de professores, e a escola sem o auxílio de merendeiras para preparar os alimentos, porteiros, entre outros funcionários necessários para o andamento das atividades escolares. Problemas que, desde o retorno das aulas presenciais, são apontados em diversas escolas da rede municipal.
“Estamos organizando esse protesto porque estamos sem aulas há vários dias, devido à falta de porteiros, merendeiras, sem professores em algumas turmas e não temos também zelador. A escola não pode funcionar sem ter alguém que limpe. Tem merenda, porque eu mesma vi chegar na escola, mas a escola está fechada. Cadê a merendeira e os alunos, que são os principais?’, questionou a dona de casa Cleide Bispo Freitas.
Ela lamentou o fato de os alunos terem que ficar em casa sem aula. Além disso, a escola é a única do bairro mantida pelo município.
Luciana Conceição Santos tem um filho na escola, que segundo ela está se sentindo muito prejudicado com a situação. “Muitas vezes ele chega em casa dizendo que nem sequer lanchou, porque a merendeira não foi. E nem sempre a gente tem o lanche de casa para mandar”, afirmou.
Carla Cerqueira dos Santos reiterou que a queixa dela é a mesma de todas as mães: que a escola não pode abrir as portas se não tem funcionários. E afirmou que, infelizmente, não tem condições de colocar o filho em um reforço escolar.
“As crianças são as únicas prejudicadas nessa história. Estava tendo aula mais de uma vez por semana, mas agora não está tendo mais. A criança fica em casa sem ter o que fazer, parado e ocupando a mente com o que não deve”, desabafou.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação para saber por qual razão a Escola Municipal Luciano Ribeiro está sem aulas e com falta de funcionários. Mas até o fechamento desta reportagem não obteve o retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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