Educação

Sem pauta atendida pela prefeitura, professores decidem manter greve em Feira de Santana

Sindicato destacou que a durante a tarde a assembleia dos professores esteve lotada e todos decidiram manter a greve.

Laiane Cruz

Atualizada às 19:44

Após audiência com os professores da rede municipal na tarde desta quarta-feira (6), a professora Marlede Oliveira, presidente da APLB, declarou que a greve da categoria continua e amanhã (7) haverá uma nova mobilização em frente à Secretaria de Educação.

Marlede Oliveira disse em entrevista ao Acorda Cidade, que mesmo após reunião, que iniciou às 8h30 e só terminou ao meio-dia com a secretária de Educação, Anaci Paim, não há respostas positivas para os professores relativo à pauta de reivindicações.

“Nós fomos buscar respostas da nossa pauta sobre os diversos pontos, a exemplo do pagamento integral dos salários. O governo ainda não tem a resposta, o que significa que vai continuar pagando parcelado, inclusive esse mês vários professores ainda estão sem receber uma parte dos salários de março e ainda tem restos de fevereiro. Tem a questão da mudança de carga horária, que o governo impôs só mudar caso os professores voltem da greve, assim como a mudança de referência. O reajuste salarial de 33,24% vai contemplar poucos professores. A maioria, o grosso da categoria, receberá 5% ainda a partir de maio, que é o mesmo reajuste dado aos demais servidores públicos”, explicou em entrevista ao Acorda Cidade.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

A sindicalista destacou que a durante a tarde a assembleia dos professores esteve lotada e todos decidiram manter a greve.

“Sobre o plano de carreira, a secretária disse que irá criar uma comissão para discutir, mas não disse quando vai ser. Não teve nada positivo depois de uma audiência que começou 8h30 até meio-dia. Então a greve continua e amanhã estaremos acampados em frente à Seduc, para que a professora Anaci Paim repense com o governo uma resposta para os professores de Feira de Santana. Nós procuramos o Ministério Público, mas o órgão informou que não discute questões salariais. Apenas a reforma de escolas, que estão precárias, falta de merenda, que continua, assim como falta de materiais, carteiras, professores. A pauta econômica é da negociação dos professores com a prefeitura, e quem faz essa intermediação com o sindicato é a Secretaria de Educação”, salientou.

Conforme Marlede Oliveira, não há dados exatos por parte da Secretaria, porém o sindicato tem conhecimento que somente dois professores da rede municipal têm nível médio e receberão os 33,24% de reajuste.

“O piso hoje é R$ 3.845 e quem estiver recebendo abaixo do piso, por exemplo, 3 mil, ele vai equiparar ao piso, então vai dar um reajuste menor. E quem recebe acima do piso e trabalha 40 horas só vai ter 5%.”

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