Feira de Santana

'Se for preciso acampar nas escolas, iremos fazer isso', dispara presidente da APLB contra municipalizações

A presidente solicitou que os vereadores enviem um documento pedindo que o secretário estadual volte atrás com as decisões.

Gabriel Gonçalves

Uma nova manifestação foi realizada na manhã desta terça-feira (8) contra as municipalizações de algumas escolas estaduais em Feira de Santana, como a Escola Estadual Edelvira de Oliveira e Agostinho Fróes da Mota.

Com faixas, cartazes e apitos, professores, pais e estudantes, se posicionaram em frente à Câmara Municipal de Vereadores para protestarem contra a decisão.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, APLB Feira, Marlede Oliveira, fez o uso da tribuna livre da Câmara e ao Acorda Cidade destacou que estas mudanças pegaram todos de surpresa. Segundo ela, não houve nenhum diálogo com a comunidade.

"Todos nós fomos surpreendidos na semana passada com esta proposta de municipalização de algumas escolas aqui da nossa cidade. Não entendemos porque o secretário Gerônimo Rodrigues lá em seu gabinete em Salvador, sem nenhuma conversa, sem nenhum diálogo com a comunidade, decidiu municipalizar estas escolas. Estamos passando ainda por um momento de crise devido à pandemia e o que o governo faz? Se reúne com a secretaria municipal de educação sem ouvir os estudantes, sem ouvir os professores, mas a APLB está aqui, neste objetivo, nesta luta de defesa pela educação pública gratuita de qualidade e estamos aqui dando este apoio e quero dizer ao governador Rui Costa que iremos resistir, se não resolver, iremos acampar nas escolas e sairemos apenas quando for resolvido", declarou.

De acordo com Marlede Oliveira, o intuito da categoria na Casa da Cidadania foi buscar apoio dos vereadores e solicitar que um documento seja enviado ao secretário, pedindo que esta decisão se torne sem efeito.

"Nós viemos pegar apoio dos vereadores aqui, para que eles possam enviar ao secretário Gerônimo, que ele volte atrás desta decisão que ele tomou unilateralmente. Estamos aqui buscando um diálogo com o governo, porque tudo é resolvido com o diálogo. A escola pública está na lei e é democrática, deve ser discutida, e não é simplesmente assim, em que o governador se reúne com o secretário, se reúne com a secretária daqui de Feira e está resolvido. Os estudantes são os mais interessados neste processo, por isso que estamos na defesa dos interessados, que são os filhos da classe trabalhadora", concluiu.

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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