A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) recebeu na manhã desta quinta-feira (17), o estudante Felipe Gomes. Ele é campeão feirense de cubo mágico e compartilhou um pouco de sua trajetória com outros estudantes.
Felipe contou ao Acorda Cidade que começou a gostar da prática no colégio, quando foi apresentado por uma professora. Inicialmente, ele diz que não se interessou tanto, mas com o passar do tempo, tomou gosto.
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“Eu vi todo mundo aprendendo, aí me bateu a curiosidade de aprender para querer competir. Tem que ter bastante paciência. Eu demorei um pouco para aprender a montar, porque eu não tinha paciência, mas depois comecei a pegar o jeito e eu aprendi tudo direitinho”, contou.
De acordo com o campeão, durante a competição, eles ficam ligados no cronômetro. Os competidores vão montado o cubo e fazendo a média do tempo, de acordo com o cronômetro. “Eu consigo montar em 11, 12, 13 segundos. Primeiro eles entregam o cubo embaralhado, você inspeciona, depois começa o tempo e começa a montar. Quando você termina de montar, você para o tempo”, explicou.
Ele contou ao Acorda Cidade que competiu com cerca de 50 pessoas. Felipe também já participou de campeonatos em colégios de Salvador, e também de competições no estado de Pernambuco. Segundo ele, o jogo o ajudou a gastar menos tempo com as redes sociais, além de melhorar a memória.
“Agora eu gosto de passar mais tempo treinando. O cubo ajuda na memória muscular e no raciocínio lógico. Melhorei bastante no colégio, depois que eu aprendi o cubo mágico”, afirmou.
Maurício Benjamin, nunca participou de nenhuma competição. Ele estava sentado observado Felipe Gomes montar e desmontar os cubos e ficou impressionado com a velocidade. “Ele monta muito rápido e estou observando”.
Maurício afirmou que futuramente pretende participar de campeonatos. “Eu aprendi no YouTube, assistindo vídeos, tutoriais e quando eu for melhorando, eu pretendo participar de campeonatos”.
A professora de matemática do Colégio Juiz Jorge Farias Góes, Micheline Moreira, confirmou os benéficos do cubo mágico na vida dos alunos. Segundo ela, as melhorias vão além do ambiente escolar.
“O cubo mágico ajuda no aprendizado e já mudou o comportamento de alunos, inclusive de Felipe, a mãe dele dá um testemunho sobre isso. Ele era muito tímido, muito calado, não gostava muito de estar socialmente envolvido em nada. E o cubo mágico ajudou muito. A gente, como professor, vê essa evolução”.
A professora Micheline Moreira cita o exemplo de outro aluno, chamado Wesley. Ele, conforme relatou, era muito agitado em sala de aula e o cubo mágico ajudou a melhorar a concentração.
“O comportamento dele mudou completamente na escola. Ele era aquele aluno que tinha que tirar da sala porque ninguém aguentava. Agora ele está mais calmo, concentrado. O cubo mágico ainda desenvolve a lógica, ajuda na matemática”, afirmou.
Além dos benéficos citados acima, a professora também destaca os benefícios na socialização e relacionamento professor-aluno e na autoestima do estudante.
“Essa questão de se sentir útil, se sentir mais valorizado. Até porque eles viram monitor, quando eles aprendem, eles se tornam monitores e passam a ensinar o outro. E eles têm o maior prazer de estar ensinando um para o outro”.
Como começou o projeto
O projeto com o cubo mágico começou na escola em 2019. Atualmente são 50 cubistas que fazem parte do clube do Cubo Mágico na escola. Segundo a professora Micheline Moreira, os alunos treinam durante o ano todo e participam de competições internas.
“Iniciei esse projeto no ano de 2019 e tive o apoio dos meus colegas de matemática. A gente sempre está movimentando os meninos e colocando eles para treinarem, fazemos campeonatos internos para poder animar, motivar eles. Hoje temos em torno de 50 alunos, mas já formamos quase 100, pois já saíram alguns alunos desde o início do projeto”, contou.
Apoio para participar de competições
O próximo desafio dos estudantes é o Campeonato Brasileiro, que vai acontecer no Rio de Janeiro, de 15 a 17 de novembro. De acordo com a professora de matemática, eles estão preparados e sonhando com essa participação. Porém eles precisam de apoio financeiro para custear as despesas.
“A gente participou de um campeonato aqui em Salvador, que foi no ano passado, e se a gente achar patrocínio para levar pelo menos dois ou três estudantes para o Rio de Janeiro, a gente pretende ir. nós precisamos de apoio no sentido de hospedagem, deslocamento, dinheiro para passagem de avião. O custo é alto. Também queremos fazer umas camisas para que a gente possa se organizar. Os pais não têm condições, são alunos que realmente precisam de ajuda”.
Quem quiser ajudar pode entrar em contato com a professora Micheline Moreira Pinheiro Nunes, através do contato (75) 99129-1289.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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