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As atividades pedagógicas do Programa Educar para Trabalhar tiveram início nesta segunda-feira (5), com um evento virtual transmitido pelas redes sociais. As aulas serão realizadas de forma 100% remota, no formato Educação à Distância (EaD), envolvendo parcerias com instituições públicas e privadas, a exemplo do Senai, Senac e Senar. A aula inaugural contou com a presença do governador Rui Costa, que deu boas-vindas aos estudantes.
“A educação é um instrumento transformador da vida das pessoas e tem o poder de transformar uma nação. Por isso, o nosso objetivo é garantir que toda cidade, toda escola, possa ter acesso ao ensino profissionalizante com esta ferramenta, para que os estudantes sejam capacitados, se tornando profissionais treinados e preparados, para que o mercado possa contratá-los”, afirmou Rui.
Nesse primeiro momento, 60 mil vagas foram preenchidas para 44 cursos gratuitos de qualificação profissional. Os cursos terão carga horária entre 160 e 240 horas, com duração de até quatro meses e, ao final, o estudante receberá certificado de conclusão.
Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) atendem estudantes já matriculados que fazem cursos técnicos ou o Ensino Médio (1°, 2° e 3° e 4º ano) e beneficiam também egressos da rede estadual. As vagas são oferecidas nos 27 Territórios de Identidade da Bahia, alcançando os 417 municípios, com cursos nos eixos tecnológicos de Meio ambiente e Saúde; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Cultural e Designer; Produção Industrial; Recursos Naturais; e Turismo, Hospitalidade e Lazer.
Para a professora Joana D’Arc, do Colégio Estadual São José, em Chorrochó, o programa educacional melhora as chances dos estudantes da rede pública de alcançarem as profissões que desejam. “Irá possibilitar a todos os contemplados o desenvolvimento de novas habilidades, o aperfeiçoamento de competências existentes, além de ajudar com as futuras profissões. Eu percebo que os meus alunos têm muitas dúvidas ainda com relação às carreiras que querem seguir e, com essa oportunidade, eles terão um leque de possibilidades para descobrir”, disse.
O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, ressaltou a importância e alcance social do programa. “O Educar para Trabalhar é um dos pilares do programa Estado Solidário, do Governo da Bahia. É uma ação grandiosa de parceria com o Sistema S, fruto da sensibilidade do governador Rui Costa, que teve uma formação técnica e entende a importância da Educação Profissional para a formação voltada para o desenvolvimento das pessoas, dos territórios e da Bahia. Certamente, esta é uma iniciativa que vai servir de referência para outros estados. O nosso desejo é para que os estudantes se animem, se envolvam, abracem mais esta oportunidade de aprender, de ampliar suas perspectivas de inserção cidadã no mundo do trabalho e que as famílias possam acompanhar esta trajetória”.
Volta às aulas
Durante o evento virtual, o governador também falou sobre a possibilidade do retorno às atividades escolares de forma semipresencial. “Temos registrado uma queda muito significativa no número de internados e de novos casos de Covid-19 no estado. Nesses primeiros dias de julho, estamos observando se essa queda sofre alguma alteração como efeito pós São João. Se os números continuarem caindo, nós vamos poder retornar as aulas presenciais ao longo do mês, inclusive com aulas práticas, com a possibilidade de estágio para oportunizar nossos jovens a botar a mão na massa”, acrescentou Rui.
Assistência estudantil
Além do programa de qualificação, o Governo da Bahia investe em mais três programas de assistência estudantil, cujos investimentos somam mais de R$ 410 milhões, em 2021, com recursos próprios do Estado. Com o Programa Vale-alimentação Estudantil, cada estudante matriculado na rede estadual recebe R$ 55 para a compra de gêneros alimentícios, o que representa um investimento de R$ 44 milhões por parcela. Com o Programa Mais Estudo, bolsas de R$ 100 são concedidas para 52 mil estudantes, que dão monitoria em Língua Portuguesa, Matemática e Educação Científica aos colegas.
O outro programa é o Bolsa Presença, que concede R$ 150 para cada família de baixa renda, cadastrada no CaD Único e com filhos na rede estadual. O objetivo do Bolsa Presença é assegurar a permanência dos estudantes nas escolas, evitar o abandono e fortalecer o vínculo com a escola.