Acorda Cidade
Após a experiência exitosa do projeto Ballet Azul, que proporciona a meninas autistas a oportunidade de aprender balé, o Programa Arte de Viver, iniciativa da Prefeitura de Feira de Santana, através da Fundação Egberto Costa, contará também com uma turma de capoeira para pessoas com Transtorno do Espectro Autista – TEA.
Conforme o diretor de Atividades Culturais da Funtitec, Luiz Augusto Oliveira, a ideia surgiu a partir das solicitações das mães de meninos autistas quanto a uma atividade voltada para eles, visto que o projeto Ballet Azul recebeu somente meninas.
“Já sabemos as contribuições da capoeira para crianças. Temos a atividade na grade do Arte de viver. Quando recebemos a demanda para que os meninos autistas também tivessem uma atividade, pensamos nesta arte marcial, que também é um esporte”, explica Luiz Augusto.
A capoeira foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. A manifestação cultural mistura música, dança e esporte. E tem como benefícios a melhoria da flexibilidade e diminuição do estresse, além da valorização da cultura popular.
“Queremos fazer um trabalho direcionado à pessoas que possuem limitações. Onde possamos contribuir para que se desenvolvam. Elas entram aqui de um jeito, e queremos exprimir o Arte de Viver de forma que saiam diferentes. Queremos progresso. Tanto o Ballet quanto a capoeira para autistas estão marcando uma nova fase no nosso projeto, a fase da inclusão de todos”, conclui o diretor.
As aulas serão ministradas pelo professor José Roberto Santana, que já faz parte da equipe do Arte de Viver. “Dentro do TEA, a capoeira aflora habilidades importantes para o desenvolvimento motor das crianças. Estimula a interação social, que é uma das áreas afetadas nos alunos com autismo”, explica o professor.
As aulas de Capoeira para Autistas serão disponibilizadas no Centro de Cultura Maestro Miro.