Protesto Unificado

Professores realizam manifestação e se unem a estudantes da Uefs

Os docentes se uniram aos estudantes que estão em estado de greve desde o dia 6 de outubro.

Uefs
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Nesta quarta-feira (18), os professores das quatro universidades estaduais da Bahia, paralisaram as atividades, em protesto ao que classificam como ‘descaso’ do governo estadual com as reinvindicações da categoria.

Segundo a coordenação da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), o ato dos docentes da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Uefs, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), acontece de maneira unificada em todo o estado e terá duração de 24 horas.

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Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A reportagem do Acorda Cidade esteve no pórtico da Uefs no início da tarde desta quarta e conversou com o professor Elson Moura, coordenador da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs).

Segundo ele, como os estudantes da instituição já tinham deflagrado a greve desde o dia 6 de outubro, os professores se uniram neste momento de protesto.

“As quatro universidades estaduais estão com paralisação dos discentes e dos docentes, é um ato em defesa da universidade pública por orçamento, direitos, autonomias e salários. Em particular aqui em Feira de Santana, nossa assembleia da última segunda-feira, dia 16, deliberou por unanimidade que já que a gente já tem uma greve estudantil, apoiar também esta greve, que a gente fizesse atos em conjunto. Então nossa agenda de hoje é esta no primeiro momento aqui no pórtico como ato político e simbólico, o pórtico já está fechado e às 19 horas, vamos participar de uma agenda do comando de greve estudantil, que é um processo de formação que vai falar sobre a história das greves estudantis dentro da Uefs, então é um ato em conjunto aqui em Feira de Santana”, pontuou.

De acordo com o coordenador da Adufs, os protestos são provocados por quatro pontos principais.

“Para a gente resumir, a nossa pauta tem quatro pontos principais: orçamento, nós reivindicamos 7% da receita líquida de impostos para as universidades, este é um compromisso inclusive firmado com reitores e reitoras, um compromisso de uma universidade que se quer crescer com a responsabilidade, precisa desta margem; direitos, nós temos vários direitos consagrados no estatuto magistério que não estão sendo respeitados pelo governo, um exemplo gritante é o da dedicação exclusiva, hoje um professor e uma professora tem dificuldades para se dedicarem a universidade, que é um direito conquistado; autonomia, nós queremos a supressão da lista tríplice, para que autonomia consagrada na constituição federal e estadual da universidade seja garantida, a eleição da universidade tem que começar aqui, e salário que é a pauta principal. Nós amargamos aí 36% de represamento salarial por conta dos últimos oito anos, então são estes elementos. ‘Governador Jerônimo’, nós estamos no mês de outubro e a posição do governo é de não avançar praticamente nada e ainda mostrar certo desrespeito na mesa por parecer não conhecer se quer a pauta, logo o movimento docente está encaminhando a intensificação da luta que apenas inicia hoje com essa paralisação”, declarou.

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Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Ao Acorda Cidade, o professor também informou que cerca de 140 vagas precisam ser ocupadas por docentes.

“Esta é uma parte da nossa pauta que atravessa também a pauta dos e das estudantes. Na nossa pauta exige ampliação do quadro de vagas, a situação atual da universidade no último levantamento que foi feito em setembro, foram de quase 140 vagas a menos do quadro que está sendo colocado no quadro de vagas do estatuto do nosso magistério, técnicos e analistas quase 500. Houve uma promessa tanto da administração, quanto do governo do estado de contratação de 100 professores sem definir quais são concursados, quais são novos concursos, quais são Regime Especial de Direito Administrativo, e isso ainda está abaixo do déficit, então a convocação pelo Diário Oficial tem saído a conta gotas. Nós temos uma situação que até chegar aqui, passou por muita negociação, muita mobilização e nada foi feito, logo a radicalização foi inevitável”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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