Laiane Cruz
Os professores da rede municipal de ensino acompanharam, na manhã desta quarta-feira (26), a última sessão da semana na Câmara de Vereadores para continuar pressionando o governo municipal a negociar o pagamento do precatório do Fundef à categoria. Também esteve no local o arcebispo metropolitano, Dom Zanone Castro, juntamente com outros representantes da igreja católica, evangélica e do candomblé, em apoio à manifestação.
Mais de 400 professores participaram do movimento na Câmara. De acordo com a professora Marlede Oliveira, todos irão permanecer no local e aguardar a reunião que foi marcada para as 14h30 no gabinete da presidência da Casa, com o presidente José Carneiro, a APLB e o prefeito Colbert Martins.
A diretora da APLB, Marlede Oliveira, reafirmou que 60% do dinheiro do precatório, liberado pelo Fundef, pertence aos professores da rede municipal. Segundo ela, o valor já está na conta da prefeitura.
“Como é que de 97 a 2007 o dinheiro veio a menos para as prefeituras, e agora veio a complementação, e 60% não é nosso? Várias prefeituras estão pagando, por que Colbert não paga? A comunidade precisa ficar atenta ao que é gasto em Feira com a educação. Tem uma escola no Tanque do Urubu chamada Marília Queiroz, que tem quatro salas e está sendo reformada. Vão gastar R$ 700 mil na reforma de uma escola com quatro salas. Isso é um absurdo!”, protestou.
Marlede Oliveira afirmou ainda que ontem (25) o presidente da Câmara de Vereadores, José Carneiro, foi até a prefeitura intermediar a saída dos professores do local e se comprometeu a agendar uma audiência com o prefeito, por isso, todos foram à câmara hoje para aguardar.
O arcebispo Dom Zanone Castro, informou que foi até a Câmara acompanhado dos demais líderes religiosos, para tentar compreender a situação, e espera que todos cheguem a uma solução.
“Estávamos participando de um encontro dos religiosos com os diretores e percebemos que não tinha condições de manter essa reunião de formação, que é constante na Secretaria de Educação. E essa causa dos professores, essa reivindicação, creio que a prefeitura deve abrir o diálogo e é importante o envolvimento de todas as pessoas, pois é um espaço democrático de escuta e de encaminhar a melhor solução. Eu creio que devemos ouvir os professores e seus representantes”, disse.
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Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.