Feira de Santana

Professores paralisam atividades e cobram respostas da Prefeitura de Feira de Santana

Os profissionais percorreram as principais avenidas da cidade em forma de protesto.

Paralisação das Atividades | APLB
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Na manhã desta segunda-feira (31), professores da rede municipal de ensino, de Feira de Santana, realizaram uma manifestação para cobrar respostas do governo sobre uma série de reivindicações da categoria. A paralisação das atividades foi decidida em Assembleia e marcou um dia de luta, segundo a presidente da APLB, Marlede Oliveira.

Paralisação das Atividades | APLB
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A mobilização de hoje foi muito positiva. Os professores decidiram pela paralisação para exigir respeito e valorização dos trabalhadores da educação. Nossa pauta é extensa e inclui o cumprimento do piso salarial, a reserva de carga horária para os professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a alteração da carga horária, a devolução dos salários cortados, além do cumprimento de ações judiciais já ganhas pela categoria”, destacou a presidente.

Paralisação das Atividades | APLB
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Os professores iniciaram a mobilização com um café da manhã na sede da APLB e, em seguida, seguiram em caminhada até a prefeitura, onde cobraram uma postura mais efetiva do prefeito. O movimento foi encerrado na Secretaria de Educação (Seduc), onde os docentes reafirmaram a necessidade de diálogo e exigiram respostas concretas.

Paralisação das Atividades | APLB
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ao Acorda Cidade, Marlede Oliveira informou que a categoria já participou de cinco reuniões com o secretário de Educação, Pablo Roberto, mas até o momento não obteve respostas satisfatórias. “Ele sempre argumenta que não conseguiu audiência com o secretário da Fazenda e que, sozinho, não pode resolver. Essa falta de posicionamento nos obriga a pressionar ainda mais o governo”, explicou a presidente da APLB, Marlede Oliveira.

Paralisação das Atividades | APLB
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Caso a pauta não seja atendida, a decisão sobre os próximos passos ficará a cargo da Assembleia da categoria. “Os trabalhadores estão revoltados com essa situação. A paralisação de hoje foi um alerta, mas se não houver resposta, novas mobilizações poderão ocorrer”.

A próxima ação da categoria já tem data marcada, dia 2 de abril. Os professores retornarão à Secretaria de Educação para cobrar um posicionamento do governo. “Queremos diálogo, mas com respostas concretas. Já foram cinco reuniões sem nenhum avanço, isso precisa mudar”, concluiu.

Após a mobilização de quarta-feira, uma nova Assembleia será realizada.

A reportagem do Acorda Cidade também conversou com o secretário de Educação Pablo Roberto, que esteve presente na cerimônia de Ordem de Serviço para a reforma e ampliação da Escola Municipal Paula de Freitas Almeida, localizada no distrito de Maria Quitéria.

Ao Acorda Cidade, ele destacou que, embora respeite a decisão da categoria, considera o momento inadequado para a suspensão das atividades escolares. Segundo ele, o diálogo entre a gestão municipal e a entidade sindical tem ocorrido com frequência.

Pablo Roberto
Pablo Roberto | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Essa paralisação foi aprovada em assembleia pela APLB, e respeitamos essa decisão. No entanto, acreditamos que não é o movimento mais adequado neste momento. Já realizamos quatro encontros para discutir as demandas e seguimos abertos ao diálogo. Cada dia sem aula representa um prejuízo para os alunos, mesmo com a possibilidade de reposição”, afirmou.

O secretário reforçou que a prefeitura já tem atendido algumas das reivindicações da categoria. “Estamos comprometidos em garantir melhorias na qualidade do ensino e nas condições de trabalho dos professores. Algumas pautas já estão sendo atendidas, enquanto outras demandam mais tempo para serem viabilizadas”, explicou.

Sobre a alegação da APLB de que algumas solicitações não foram atendidas, Pablo Roberto esclareceu que a gestão tem se esforçado para cumprir o que está ao seu alcance.

“Já contratamos 300 novos professores e iniciamos o processo de enquadramento da categoria. Contudo, algumas demandas, como a mudança de referência salarial, envolve um impacto financeiro elevado, impossibilitando sua implementação imediata”, pontuou.

O secretário também revelou que uma comissão foi criada para avaliar alternativas viáveis. “Por determinação do prefeito, estabelecemos um grupo de trabalho formado por representantes da Secretaria da Fazenda, do Planejamento, da Administração e da Educação para estudar soluções que possam atender às reivindicações dentro da realidade financeira do município”, explicou.

Questionado sobre a possibilidade de um novo encontro com a APLB, o secretário informou que, até o momento, não há pedido formal para reunião. “Amanhã teremos uma reunião interna com a equipe do governo para avaliar a paralisação prevista para a próxima quarta-feira, dia 2. A partir disso, decidiremos os encaminhamentos necessários”, concluiu.

Com informações dos repórteres Ed Santos e Paulo José do Acorda Cidade

Leia também: Prefeitura anuncia reforma e ampliação de escolas municipais; investimento de mais de R$ 6 milhões

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