Laiane Cruz
Atualizada às 14h22
Insatisfeitos com o atraso no pagamento de parte dos salários e das férias, professores da rede municipal se mobilizaram para ocupar a Secretaria de Educação de Feira de Santana, na manhã desta quinta-feira (10).
De acordo com a professora Marlede Oliveira, presidente da APLB, a prefeitura tem efetuado o pagamento dos salários de forma parcelada.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Nós viemos ocupar aqui para cobrar uma resposta da professora Anaci Paim, porque hoje é dia 10 e os professores ainda não receberam a metade do salário. Somos 1.300 professores, mais de 90% não recebeu o salário, os 20% para quem trabalha nos distritos, e tem quase mil professores que tem mais 20 horas complementares e o prefeito também não pagou, por isso a categoria está insatisfeita”, disse.
Marlede Oliveira afirmou que os professores entraram de férias hoje e não sabem quando vão receber o restante dos salários e as férias.
“Entramos em contato com a professora Anaci e ela colocou que não sabia quando iria pagar as férias. A lei nos garante que as férias devem ser pagas quando tiramos, no início e não no final. Por isso chamamos os professores, estamos aqui no corredor, estamos passando perrengues e não é de hoje. O prefeito está pagando os salários parcelados, não é mais no quinto dia útil”, alegou.
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Em resposta às reclamações dos professores, a secretária de educação do município, Anaci Paim, informou que os vencimentos entraram no contracheque hoje e o pagamento será efetuado amanhã.
“Qualquer conhecedor da legislação trabalhista sabe que está dentro do prazo porque os professores estão iniciando as férias hoje e vão até o dia 12. O professor só retorna agora dia 14 de março. Existe no plano de carreira uma remuneração para quem mora em Feira de Santana e vai trabalhar nos distritos de 20%, que também está sendo pago amanhã, pois entrou no contracheque de hoje. Alguns professores têm hora extra, que também será paga amanhã”, informou.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Anaci Paim justificou ainda que por conta da não aprovação do Orçamento municipal, houve esse atraso, que segundo ela, normalmente é feito no quinto dia útil de cada mês.
“Esse mês houve esse atraso também por conta da questão do Orçamento, que embora tenhamos recursos, não temos essa flexibilidade de usar os recursos disponíveis. Tenho, por exemplo, obras paradas e não pude dar continuidade por conta da não aprovação do Orçamento, e esse problema contábil gerou atraso neste mês, mas normalmente está sendo pago no quinto dia útil de cada mês.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
