Laiane Cruz
Professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (27), em frente à prefeitura, e durante o ato, serviram um caruru aos participantes e transeuntes, pela educação pública e em homenagem ao dia dos santos da igreja católica Cosme e Damião.
Por conta da manifestação, as aulas foram canceladas, não só em Feira, como também nas universidades estaduais de Ilhéus (Uesc) e de Vitória da Conquista (Uesb), que também realizaram atos nas ruas.
O diretor da Associação dos Docentes da Universidade de Feira de Santana (Adufs), professor André Uzzeda, informou que o protesto teve por finalidade denunciar situação da instituição de ensino, mas também a categoria dos professores.
“O governo do estado não nos recebe já há muito tempo, e quando nos recebe coloca a resposta negativa. Não nos atende, corta nossos direitos e desfinancia a universidade. Queremos que o governo atenda ao pedido da Uefs, atenda a categoria e chame para uma mesa de negociação. Nós estamos com perdas salariais em torno de 21% e a universidade vem sofrendo cortes financeiros. Esse ano o governo já cortou da Uefs R$ 17 milhões até setembro. O dinheiro está orçado, mas ele não autoriza”, afirmou André Uzzeda.
Segundo ele, o ato foi planejado pelo fórum das ADs, que seguindo as tradições populares, ofertou o caruru à população na rua. “Servimos à comunidade, obedecendo à tradição com muito respeito. Ao mesmo tempo em que a gente ofertou o caruru, a gente foi falando dos nossos problemas”, disse.
Dia Nacional de Lutas
Ainda conforme o diretor da Uefs, hoje é o Dia Nacional de Lutas, em que professores de todos os estados denunciam as dificuldades das universidades e dos educadores. De acordo com ele, as principais pautas de reinvindicação são o financiamento das universidades, verbas, assistência estudantil, contra a Reforma da Previdência e contra a PEC do teto de gastos.
“A universidade vem sofrendo em todos os estados do mesmo mal, e esse padecimento é justamente por conta da PEC dos gastos. Os governos atacam as universidades para sobrar recursos para outros gastos. A gente é contra esse desfinanciamento da educação em geral”, ressaltou.
Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.