Gabriel Gonçalves
As aulas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) foram retomadas de forma 100% presenciais, nesta segunda-feira (7), após dois anos de ensino remoto, em virtude da pandemia da Covid-19.
Como forma de chamar a atenção, alguns professores, segurando faixas e bandeiras, receberam os estudantes na manhã de hoje na entrada principal da instituição, com o objetivo de cobrar a entrega de equipamentos de proteção contra o coronavírus.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o professor Elson Moura informou que os materiais devem ser distribuídos pelo Governo do Estado.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"O objetivo desta manifestação é fazer um marco, pois nós estamos retomando hoje as atividades presenciais. Estivemos todo este período de forma remota e este movimento de hoje é para tratar da condição sanitária. Nós estamos retomando, mas continuamos vigilantes com as condições sanitárias e uma expressão singular disso é a máscara. A última movimentação do sindicato foi cobrar da administração e do Governo do Estado a distribuição da máscara, por isso que o nosso lema de hoje é 'Equipamento de proteção: direito do trabalhador, obrigação do patrão'", afirmou.
De acordo com Elson Moura, já existe um estoque de máscaras que deverão ser entregues aos docentes.
"Na última semana, nós tivemos uma reunião com a reitoria a partir de uma provocação em nossa assembleia. A reitoria firmou o compromisso que, para o momento, tem máscaras já compradas e comprará a partir daquilo que a pró-reitoria de administração chama de demanda puxada. A partir da demanda, vai sendo feita a compra. Então queremos mostrar que nós estamos acompanhando, estaremos cobrando não só a questão da máscara, mas também as condições de forma geral. Nós estamos recepcionando os estudantes, estamos todos empenhados, a ideia é que a gente assuma um compromisso coletivo e o retorno será mais seguro pelo menos, menos inseguro. Quem tem que garantir a estrutura e o material é o Governo e a administração. E a gente mudar as relações, com o distanciamento e tudo mais que a gente já estava vendo aí dos órgãos de saúde. São dois anos sem aula presencial. Durante todo este tempo, nós estivemos de forma remota, o que foi importante para a gente avaliar esta condição, e a síntese que nós temos, fora uma outra pesquisa a ser levantada, é que a gente tem que continuar a defender uma educação essencialmente presencial e apenas contingencialmente remota", concluiu.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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