Laiane Cruz
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Educação (APLB), de Feira de Santana, Marlede Oliveira, liderou mais um protesto em defesa da categoria, na manhã desta quarta-feira (8). Dessa vez, a manifestação ocorreu em frente ao Centro de Atendimento ao Feirense (Ceaf), onde está instalada a Secretaria da Fazenda do Município (Sefaz).
A sindicalista questiona por que a prefeitura continua efetuando o pagamento dos salários dos professores da sede e dos distritos de forma parcelada, e classificou a atitude do executivo municipal de assédio moral contra a categoria.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“O ano passado tivemos vários protestos nas ruas, porque o prefeito Colbert entendeu de cortar os salários dos professores em até 70%, dizendo que nós não estávamos trabalhando e ele tinha suspendido as atividades nas unidades escolares. Só que esse ano voltaram. Sobre os salários do ano passado, nós entramos na Justiça e ganhamos três vezes. Eles entraram com uma ação de suspensão de sentença e nunca devolveram. Mas, de abril para cá as aulas começaram normalmente, o professor está indo trabalhar na sede e nos distritos. Para nossa surpresa, desde abril, que ele paga a metade do salário, por 20 horas, e as outras 20h vão para o contra-cheque depois, fica devendo o deslocamento, enfim, essa forma de pagamento está sendo desde abril”, reclamou Marlede Oliveira
De acordo com a sindicalista, por conta dessa situação, os professores entraram com uma ação no Ministério do Trabalho, que já solicitou os contra-cheques. No entanto, ainda não houve decisão por parte do judiciário.
"Por que Colbert está pagando o salário parcelado à categoria? Estamos com uma ação no Ministério do Trabalho, que pediu os contra-cheques, mas tudo na Justiça é demorado. É assédio moral o que o prefeito está fazendo conosco. A Secretaria da Fazenda manda nos informarmos junto à Secretaria de Educação, cuja secretária nos mandou hoje um aviso dizendo que vai entrar o salário hoje, para ser pago amanhã. O salário de novembro só pagou a metade dia 30, que é o dia da tabela do pagamento. Pagou 50% e o restante está devendo”, declarou.
Ela protestou ainda que mesmo a outra metade do salário sendo paga amanhã, alguns professores receberão a menos.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Os professores que trabalham nos distritos têm direito a mais 20% de deslocamento, e já estamos vendo no contra-cheque que veio faltando. Por que está acontecendo isso? Está faltando dinheiro na cidade? A prefeitura faliu? Porque os recursos da educação são carimbados e vêm mensalmente”, concluiu.
Em resposta às declarações da diretora da APLB, a Secretaria de Comunicação informou que os salários dos professores foram pagos no dia 30 de novembro, restando somente as horas extras e o deslocamento.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.