A insatisfação entre os professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana levou a categoria a decidir por uma paralisação nas atividades na próxima segunda-feira (31) e quarta-feira, 2 de abril.
A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (25) no auditório da APLB, localizado na Rua Barão de Cotegipe, e contou com a participação de aproximadamente 450 profissionais da educação.
A principal reivindicação dos professores é a falta de respostas concretas do governo municipal em relação à pauta entregue pela categoria. Segundo a presidente da APLB, Marlede Oliveira, o documento enviado pelo secretário de Educação, Pablo Roberto, contém três páginas, mas não apresenta soluções objetivas para as demandas dos profissionais.
Entre as principais cobranças estão o pagamento do piso salarial de 6,27% referente a janeiro deste ano, a definição de datas para o enquadramento de professores e alteração de carga horária, esta última, uma conquista judicial não cumprida pelo governo. Além disso, a categoria também reivindica a reformulação do plano de carreira, que beneficia tanto professores quanto demais funcionários da educação.
“O governo não trouxe nenhuma data para o pagamento do piso, nem para a alteração de carga horária e nem para a mudança de referência, mesmo após decisões judiciais favoráveis a nós”, destacou Marlede Oliveira, em entrevista ao Acorda Cidade.
A presidente ressaltou ainda que alguns professores aguardam por essas mudanças desde 2016 e que há multas diárias de R$ 10 mil e R$ 15 mil por descumprimento de sentenças judiciais.
A mobilização dos professores incluirá um ato público na segunda-feira, com um café da manhã na sede da APLB a partir das 8h, seguido de manifestação pelas ruas da cidade. Na quarta-feira, a paralisação será acompanhada de uma ida à Secretaria de Educação (Seduc) para cobrar respostas mais concretas.
A decisão da paralisação foi unânime entre os participantes da assembleia, refletindo o grau de insatisfação da categoria.
“Não foi uma decisão da diretoria, mas sim da categoria, que está insatisfeita há mais de seis anos”, afirmou a presidente Marlede.
Diante da paralisação, as atividades na rede municipal de ensino serão suspensas na segunda e na quarta-feira, enquanto os professores aguardam um posicionamento definitivo do governo municipal.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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