Feira de Santana

Professores da rede municipal comemoram determinação judicial que suspende corte de salários

A sindicalista Marlede Oliveira declarou que o corte foi até em 70% dos salários de 230 professores e ocorre desde abril do ano de 2020.

Rachel Pinto

Mesmo a prefeitura de Feira de Santana informando através do procurador Carlos Alberto Moura Pinho, que vai recorrer da decisão judicial publicada ontem (21), que suspende o corte de salários dos professores da rede municipal, a categoria foi até o paço municipal na manhã de hoje (22), para comemorar a sentença e dizer que também vai tomar suas providências em caso da interposição de novos recursos.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), a professora Marlede Oliveira, comentou sobre a comemoração e disse que o corte dos salários dos professores equivale a 201 milhões de reais que o prefeito Colbert Martins da Silva recebeu no ano passado e não prestou contas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Esse dinheiro tem que aparecer, tem que dizer onde está esse dinheiro porque se teve corte de até 70%, sobrou dinheiro, já se sabe que sobrou. Outro dia, mesmo quando tinha um conselho, descobriu-se que tinha 3 milhões de sobra, então não tem justificativa, porque o dinheiro da educação é carimbado. Vamos soltar foguete comemorando a nossa vitória. Já ganhamos duas vezes, agora ele tem uma liminar e essa liminar está sendo derrubada com a sentença que foi da ação de mandado de segurança que implantamos”, afirmou.

A sindicalista destacou em entrevista ao Acorda Cidade, que o corte foi até em 70% dos salários de 230 professores e ocorre desde abril do ano de 2020. De acordo com ela, todos os professores estão trabalhando em atividades remotas, mesmo com os salários cortados e sem a contrapartida da prefeitura em equipamentos e internet.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Ganhamos a ação, sai uma sentença favorável para a categoria e ele continua reafirmando que não vai pagar. Recorrer é um direito dele. Iremos procurar nosso advogado hoje, o jurídico, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Estadual porque tem uma sentença e o governo desfaz dizendo que não vai cumprir a sentença publicada pela justiça. Nós também iremos tomar nossas providências jurídicas e exigir o pagamento imediato do corte dos salários”, acrescentou.

Questionada por que a APLB não faz movimento contra o governo do estado em relação ao reajuste salarial, Marlede Oliveira relatou que não há ações contra o estado porque não houve corte de salários.

“Porque o governo do estado não cortou salário, só Feira de Santana cortou, Tanquinho não cortou o salário, Riachão do Jacuípe não cortou o salário, Amélia Rodrigues não cortou. Qual o prefeito que cortou, me diga aí? Nenhum, só Feira de Santana cortou. A nossa luta é o corte de salário em plena pandemia, agora reajuste, não estamos aqui cobrando o reajuste não, estamos cobrando é que o governo devolva o dinheiro do corte de salários dos professores, que é diferente. O governador não cortou o salário do professor, desafio aqui um professor que tenha o salário cortado na pandemia pelo governador do estado. Agora reajuste não teve, tem um bom tempo, mais de cinco anos que não tem reajuste, isso é verdade”, encerrou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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