Educação

Professores da educação básica passam por curso de capacitação na Uniasselvi

Conforme a psicopedagoga Neuzi Schotten, da Uniasselvi, na educação infantil, não pode faltar um bom professor, pois ele é que faz toda a diferença.

Laiane Cruz

Atualizada às 06h49 deste sábado (15)

Cem professores da educação infantil da prefeitura municipal de Feira de Santana participaram de um curso de capacitação na Faculdade Uniasselvi, com temas ligados à prática pedagógica em sala de aula.

De acordo com a coordenadora do treinamento no Brasil, a psicopedagoga Neuzi Schotten, o curso foi ofertado a professores que concluíram a sua graduação na instituição de ensino. “A Uniasselvi tem uma responsabilidade social para com os alunos que já se formaram e passaram por uma graduação na instituição. Então é uma forma de acompanhar esses profissionais depois que eles saíram, concluíram o curso, e estão trabalhando na rede municipal”, afirmou.

Conforme a psicopedagoga, na educação infantil, não pode faltar um bom professor, pois ele é que faz toda a diferença. “Por isso nós investimos tanto na formação dos professores, tanto na graduação quando eles estão conosco, como na pós-graduação também. A educação infantil agora está com uma nova base nacional curricular comum, e nela precisam estar os melhores professores, porque a criança até os seis anos de idade faz um número de sinapses, que ela vai fazer o restante da sua vida. Então a educação infantil merece todo o investimento que se pode pensar, como uma boa estrutura e os melhores materiais.”

A psicopedagoga Neuzi Schotten relatou ainda sobre a sua experiência à frente da secretaria de educação da cidade de Pomerode, em Santa Catarina, onde atuou por três gestões. Segundo ela, houve bastante investimento para que o município alcançasse uma boa nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), chegando a obter uma média acima da nacional.

“O município, nos anos iniciais, está com o Ideb 7, bem mais alto que a média nacional. Nós investimos muito na formação do professor. Então todos são graduados, pós-graduados, mas o município investe na formação continuada também, ou seja, o professor anualmente tem, no mínimo, 40 horas de curso de formação e capacitação, pra que ele se mantenha atualizado. Além disso, nós investimos muito na área da alfabetização, porque nós entendemos que quando a criança aprende a ler e escrever na idade certa, dos 5 até os 7 anos de idade, esse sucesso na aprendizagem vai acompanhá-la durante toda sua escolaridade e toda a sua vida”, relatou.

Outro fator que trouxe um bom resultado para o Ideb, conforme Neuzi, foi o pagamento de uma gratificação para os professores que trabalham com alfabetização. Ela acredita que a situação social e econômica do país reflete também na escola.

“Nós sabemos que todas as crianças têm capacidade para aprender. Isso já está provado. Agora, algumas crianças aprendem mais e outras aprendem de forma mais lenta em função das experiências que têm fora da escola. Uma criança que na sua casa tem acesso à leitura, escrita, bons programas de televisão, programas culturais, terá resultados muito melhores na sua aprendizagem dentro da escola. E os pais só podem dar esse acesso a jornais, revistas, bons programas culturais, quando eles também recebem bem, tem um bom emprego, e podem oferecer uma vida digna para os filhos. Eu acredito que a educação pode mudar o Brasil, mas também a economia precisar mudar para dar condições à educação de mudar”.

Para a psicopedagoga, as maiores dificuldades enfrentadas hoje na educação do Brasil é o financiamento da educação. “Tivemos recentemente alguns vetos do governo federal, de verbas vinculadas à educação. Outra dificuldade é a formação dos professores, pois o professor ainda ganha muito pouco.”

A articuladora pedagógica da Uniasselvi, Laiza Luiza, justificou o encontro ao afirmar que a instituição está sempre em conversa com a Secretaria de Educação do Município e o Departamento de Ensino de Feira e percebeu a dificuldade dos professores em debater questões relacionadas à educação básica.
“A gente sente que tem uma certa carência dos professores do município em estar conversando sobre essa questão da alfabetização. Por isso a gente conseguiu estabelecer essa parceria com o município de estar proporcionando essa palestra.”

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

 

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