Feira de Santana

Professores cansados votam pelo fim da greve em Feira, mas movimento continua

Na próxima quarta-feira será realizada mais uma assembleia, às 9h no restaurante Kilogrill.

Andrea Trindade

Professores da rede estadual de Feira de Santana e representantes da APLB Sindicato participaram de uma assembleia na manhã desta segunda-feira (23). Após a discussão sobre a greve, a categoria realizou uma votação, na qual os professores votaram pela continuidade ou fim do movimento.
 
Segundo o professor Germano Barreto, presidente da APLB Feira, dos cerca de  200 professores que participaram da assembleia, apenas 16 votaram  pelo fim da greve que dura 104 dias
 
 
A professora Graça Almeida, do Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho,  foi uma das que votaram contra a continuação da greve e, inclusive, esteve na reunião para oficializar sua saída do movimentoEla disse que está cansada e que precisa voltar à sala de aula para pagar as contas
 
“Além do salário atrasado, o cansaço físico e psicológico e a população se posicionando contra os professores. Estou desde abril sem receber salário e estou preocupada porque o Tribunal da Justiça está em recesso, o Ministério Público não vai mediar mais a negociação e o Governo disse que não vai dar mais nada”, relatou a professora.
 
Ela disse que participou ativamente de todas as ações do movimento, esteve em todas as assembleias em Feira e Salvador e participou de muitas caminhadas, mas agora decidiu voltar a dar aula.
 
“Saio  com a cabeça erguida porque cumpri meu papel.Temos que ter bom senso e pensar em nossas vidas, em nossos salários cortados e nos alunos que estão sem aulas. Esse calendário que vai emendar no outro vai ficar  ruim para todo mundo. Esta greve não tem ganhador. Sai todo mundo perdendo; alunos, professores e governo”, declarou.
 
 
Um grupo de estudantes da Escola Estadual Ilda Carneiro foi assembleia pedir pelo fim da greve e reclamou dos dias sem aulas. “Queremos voltar a estudar. Os alunos estão muito prejudicados”, disse um deles
 
A APLB Feira vai visitar algumas escolas que estão ministrando aulas e conversar com os professores que estão passando dificuldades. 
 
“Muitos estão voltando para a sala de aula porque só tem essa renda para sobreviver. Eu mesmo já tive que renegociar minhas dívidas várias vezes. O que a categoria decidir eu vou está na linha de frente. Eu acho que a greve deve continuar porque  não vejo avanço nenhum, mas o que a categoria decidir eu vou seguir”, informou o presidente da APLB Feira. Na próxima quarta-feira será realizada mais uma assembleia, às 9h no restaurante Kilogrill.
 
Com fotos e informações do repórter Paulo José do programa Acorda Cidade.
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