Feira de Santana

Professores aderem à paralisação nacional por reajuste dos salários

Além da manifestação realizada pelas principais ruas e avenidas, os professores se dirigiram também ao Hemoba, para doação de sangue, como símbolo de defesa à vida.

Laiane Cruz

Professores das redes municipal, estadual e também de nível superior se mobilizam na manhã desta quarta-feira (16), em adesão à paralisação da categoria, que ocorre em todo país e pede adequação dos salários ao piso nacional.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

A manifestação percorreu diversas ruas e avenidas, como Avenida Getúlio Vargas e Presidente Dutra, em direção ao Núcleo Territorial de Educação (NTE) e a prefeitura municipal. E no percurso, os professores se dirigiram também ao Hemoba, no cruzamento da Avenida Presidente Dutra com a Maria Quitéria, próximo ao NTE, para doação de sangue, como símbolo de defesa à vida.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Uma das participantes do movimento, a professora Valdilene Nascimento ressaltou a importância desse ato.
“O mais importante é salvar vidas acima de tudo, e a gente se doar para o bem. Não existe coisa melhor. É primeira vez que faço a doação de sangue, a agora será para sempre. E que todo mundo possa fazer essa doação.”

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

De acordo com a diretora da APLB, Sindicato dos Professores, Marlede Oliveira, este é um dia de luta em defesa dos direitos da categoria e pela questão do reajuste salarial.

“Nós estamos aqui hoje nessa paralisação, que é nacional, puxada pela nossa confederação, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação). Hoje é dia de luta pelo piso nacional. O governo federal deu 33% de reajuste e os governadores não querem pagar, e nós estamos negociando com o governo do estado, porque deu um aumento diferenciado. 33% a um, 14% a outro, agora vai ajeitar a tabela para o aumento a todos. E o município não deu resposta de nada. Então aqui tem várias cidades presentes, como Santo Estevão, Coração de Maria, Ipirá, Irará. Estamos fazendo a doação de sangue, que às vezes falta sangue na cidade, para as pessoas acidentadas, que estão nos hospitais internados.”

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Segundo Marlede Oliveira, o governo do estado deu o aumento de 33% aos professores licenciados, mas aos demais deu 8, 10, 12 e 14%.

“Então a gente não aceita e estamos negociando, porque ele só pode dar reajuste até o dia 1º de abril, por causa das eleições. Mas já está tudo certo que vai fazer uma nova tabela. E o município não deu resposta. Mandamos uma pauta e inclusive fizemos uma assembleia na segunda-feira. Tem assembleia sexta-feira em frente à Secretaria de Educação, porque em Feira de Santana está o caos. Não sei como vamos começar o ano letivo, porque não tem professor, não tem merenda, não tem transporte, e não tem resposta da pauta dos professores dos trabalhadores da educação. Vários municípios estão aqui porque os prefeitos estão relutando, então é um dia de luta pelo piso nacional, que é lei desde 2018.”

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

A professora da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, Isabel Santos, afirmou que os professores do nível superior também estão com os salários defasados.

“Tivemos uma correção salarial em 2016. Neste momento estamos reivindicando 20% de aumento salarial, pois nosso salário está defasado assim como da educação básica. Nós de nível superior formamos médicos, advogados. Estamos reivindicando 28% de aumento para a categoria dos professores dos Institutos Federais e Universidades. A gasolina aumentou, o custo de vida aumentou, o almoço aumentou, e a gente também tem que reivindicar o aumento salarial.”

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

 

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