Educação

Procon orienta pais sobre como procederem em caso de reajuste abusivo na mensalidade escolar

O diretor de um colégio da cidade, que oferta da educação infantil ao ensino médio, professor João Pedro, explica que o reajuste é dado em função do custo da escola.

Laiane Cruz

Muitos pais têm reclamado de aumentos abusivos nas mensalidades das escolas particulares de Feira de Santana. Alguns estabelecimentos de ensino têm reajuste os valores acima da inflação.

O diretor de um colégio da cidade, que oferta da educação infantil ao ensino médio, professor João Pedro, explica que o reajuste é dado em função do custo da escola, que envolve aumento salarial dos professores, os impactos do reajuste da energia elétrica, e pode variar de escola para escola.

“Aqui oscilei entre 6 e 8%. Você pode aumentar, mas tem que ter uma planilha de custo para regular o reajuste, e se for abusivo o Procon está aí para regular isso. O pai quando entra na escola a primeira coisa que ele encontra é a planilha de custo, que justifica os índices da escola”, afirmou.

Segundo ele, vários elementos vêm impactando no índice da inflação e muitas vezes o reajuste não condiz com a realidade. “Aqui na escola meu reajuste foi dentro da inflação. Os pais estão mais conscientes, e é importante a pesquisa. Esse ano de 2018 foi muito difícil, 2017 foi pior. A economia melhorou, e a gente negocia, flexibiliza. O cliente inadimplente a gente perde, então tem que negociar. E a gente não sabe como vai ficar a educação em 2019”, disse.

A superintendente do Procon, Susana Mendes, destacou que o reajuste nunca deve ser acima de 15%, e caso isso aconteça os pais podem reclamar e a escola tem que justificar.

“O que a gente leva em conta é a inflação anual do estado, então nunca deve ser acima de 15%, de um ano para o outro. Acima disso, a escola tem que justificar. A gente tem casos aqui de aumento de 30%, e os pais têm que fazer a reclamação sim. A escola tem que explicar por que aumentou tanto e isso tem que ser em benefício para o aluno. Então não é porque a escola construiu um prédio novo que vai aumentar. A escola ofereceu biblioteca, que antes não tinha e por isso ficou mais caro, é uma justificativa. Tem que reclamar e cabe um processo individual na Justiça”, explicou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

 

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