Laiane Cruz e Ney Silva
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado neste domingo (17) em 31 escolas de Feira de Santana. Mas, devido à pandemia, o número de candidatos nas portas das escolas foi bem inferior aos anos anteriores, até mesmo em três grandes colégios da rede estadual, como o Gastão Guimarães, o Luiz Eduardo Magalhães e o Assis Chateaubriand.
O fraco movimento nos locais de provas não deixa dúvidas de que houve uma baixa adesão, embora a coordenação do Enem não tenha divulgado dados oficiais sobre o exame em Feira de Santana.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Também na tentativa de conter aglomerações, nesta edição os portões de acesso às unidades de ensino foram abertos às 11h30 e fecharam às 13h. As provas começaram a ser aplicadas às 13h30 e terminaram às 19h.
Apesar do momento atípico, devido à suspensão das aulas presenciais e a necessidade de readaptação ao ensino remoto, os estudantes que compareceram para fazer as provas estavam esperançosos de obter bons resultados. Da cidade de Anguera, um grupo de estudantes veio para realizar o exame no Colégio Gastão Guimaraes.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
A candidata Cristiane Victória Sampaio, que veio com o grupo da cidade de Anguera, em um ônibus locado pela prefeitura, estava bastante confiante em relação à prova. “Estou preparada. Trouxe lanche, caneta, álcool em gel e as máscaras”, afirmou a jovem, que pretende cursar Enfermagem.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
A estudante Aila Souza da Gama entrou na faculdade de Psicologia em 2018, após realizar Enem em 2017. Apesar de já ter entrado no ensino superior, Ayla se inscreveu no Enem para testar seus conhecimentos.
“O Enem foi primordial para minha entrada na graduação, pois minha família não tem condições de bancar uma faculdade, a mensalidade é muito alta, mais de mil reais, então eu consegui a bolsa integral através do Prouni. E dessa vez vou fazer para testar os conhecimentos, pois não tenho intenção de trocar de curso”.
Já para Rian Carvalho, da cidade de Anguera, essa edição do exame pode ser a porta de entrada para a realização do sonho de cursar Medicina. “Estou muito tranquilo em relação à prova, pois sempre fui muito tranquilo. Temos que manter o coração calmo, porque quando tem que acontecer acontece. Trouxe álcool em gel e as máscaras descartáveis. Serei doutor Rian Carvalho”, declarou.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
A estudante Jéssica Mota Reis Nóbrega está no quinto semestre de Odontologia de uma faculdade particular, mas os altos custos da graduação fizeram com ela prestasse o Enem esse ano, a fim de conseguir uma vaga numa universidade pública.
“Estou fazendo o Enem para conseguir uma vaga em uma universidade pública, porque o orçamento está apertado. Estudei bastante e dá pra segurar essa onda.”
Kaliane Santos já concluiu o ensino médio. Ela informou que durante a prova ela se manteve tranquila e acredita que vai conseguir uma boa pontuação. “A prova estava bem tranquila, porém com diversos textos longos, mas dá pra lograr o êxito. A redação foi sobre doenças mentais. Fiz boa prova, principalmente a redação, pois é um tema que dá pra ser bastante explorado”, avaliou a jovem, que pretende entrar no curso de Direito.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Pela primeira vez realizando o Enem, Murilo Machado, disse que apesar de ter estudado, não tinha uma base de como seria a prova. Ele iria concluir o Ensino Médio no ano passado, mas com a suspensão das aulas em virtude da pandemia, terá concluir o calendário esse ano. Apesar disso, não acredita que esteve em desvantagem. “Quem realmente quer aprender pode estudar em casa. Eu tive mais dificuldade em língua portuguesa, mas fiz tudo com atenção”, concluiu. Ele sonha em ser administrador de empresas.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade