Daniela Cardoso
O presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, José Carneiro, participou na manhã desta quarta-feira (20) de mais uma audiência com os professores da rede municipal, em greve desde o último dia 11. Segundo José Carneiro, o prefeito Colbert Martins já atendeu alguns pontos da pauta de reivindicações e o último ponto cobrado pela categoria, que é plano de carreira, só será discutido após o fim da greve.
“Fui procurado pelos professores para intermediar junto ao prefeito uma reunião para discutir um dos pontos de reivindicação, que está pendente, que é o plano de carreira. Não vejo razão para discutir essa questão em um momento de greve. A APLB está resistindo e afirmando que não admite discutir o fim da greve sem resolver esse ponto e a prefeitura por sua vez também não admite rever esse ponto com a greve. O prefeito só vai discutir a reformulação do plano de carreira após o fim da greve”, destacou.
O presidente da Câmara disse ainda que esse é um momento pra sentar com o prefeito, avaliar e assumir um compromisso de pós-greve discutir uma reformulação do plano de carreira. Segundo ele, Colbert Martins assegurou que senta com os professores hoje mesmo, caso eles encerrem a greve e disse que não tem sentido a discussão com a permanência da paralisação.
Pedido de reintegração de posse
Com os professores acampados na Câmara Municipal desde a última segunda (18), o presidente da Casa informou que já autorizou a procuradoria a pedir uma reintegração de posse do prédio. Ele afirma que a ocupação está atrapalhando os trabalhos legislativos.
“O prédio da Câmara não é meu e nem do professor, é de todos. Eles estão atrapalhando o trabalho. Tivemos duas sessões solenes onde tivemos que utilizar o plenário para todos os convidados dos homenageados. Eu pedi aos professores que utilizassem o prédio da Casa quando quisessem, mas que liberassem nos horários de sessões, mas eles foram radicais e não atenderam. A gente ver a sujeira, eles estão se alimentando aqui e entendo que a gente precisa entrar com essa ação de reintegração de posse”, defendeu.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade