Feira de Santana

Prefeitura vai recorrer de decisão da justiça que suspende corte em salários dos professores da Rede Municipal

A justiça acolheu, em parte, o parecer do Ministério Público referente ao mandado de segurança coletiva movida pela APLB.

Orisa Gomes

A prefeitura de Feira de Santana vai recorrer da decisão do juiz Gustavo Rubens Hungria, referente ao pagamento dos professores da rede municipal. A justiça acolheu, em parte, o parecer do Ministério Público referente ao mandado de segurança coletiva movida pela APLB Feira e determinou suspensão dos descontos feitos nos salários desses trabalhadores, após a suspensão das aulas por conta da pandemia do coronavírus.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins disse que respeita a justiça, mas, por dever de ofício, a prefeitura vai recorrer ao Tribunal de Justiça da Bahia e mostrar o que foi feito. “Não cortamos salários de ninguém, nem podemos fazer isso. O que nós fizemos foi (reduzir o valor referente) as aulas extras, que não foram dadas e não seriam pagas. O que nós fizemos foi (reduzir o valor referente ao) deslocamento de pessoas que vão para os distritos e recebem um valor. Se não foram para o distrito, como é que eu ia pagar? Agora, se a justiça determinar que eu pague sem a pessoa trabalhar, eu pago. Não tem porque desobedecer a justiça”, afirmou.

Também em contato com o Acorda Cidade, a presidente da APLB, professora Marlede Oliveira, ressaltou que a decisão liminar tem que ser cumprida. Ala afirma que o município pode recorrer, mas enquanto não sai uma nova decisão, tem que cumprir o que determinou o juiz Gustavo Hungria. “Tem que devolver os salários dos professores e suspender os cortes. Ele cortou foi os salários e não hora extra como ele continua dizendo. O Ministério Público está errado, o juiz está errado, só Colbert que está certo”, ironizou. E acrescentou que o sindicato vai entrar com uma ação para que os valores referentes aos cortes sejam devolvidos.

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