Feira de Santana

Porteiros terceirizados da prefeitura fazem manifestação por pagamento de salários

Os pagamentos aos terceirizados deveriam ter sido realizados até o quinto dia útil do mês, referente aos dias trabalhados.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Trabalhadores terceirizados da Secretaria de Educação, que atuam como porteiros nas escolas da rede municipal, realizaram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (15), em frente à empresa responsável pelos contratos. Eles alegam que estão sem receber os salários desde o mês de julho e também não receberam vale-transporte, nem vale-alimentação.

Um dos manifestantes, Erileno Moreira declarou em entrevista ao Acorda Cidade, que cerca de 300 porteiros estão nesta situação. Ele destacou que grupo se reuniu para reivindicar os direitos trabalhistas, pois foram contratados desde o dia 14 de julho, e hoje ainda não tinha recebido os vencimentos.

Os pagamentos aos terceirizados deveriam ter sido realizados até o quinto dia útil do mês, referente aos dias trabalhados.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“Até hoje não recebemos nem transporte, nem alimentação, e o salário. Nós fizemos uma seleção como porteiros, assinamos um contrato, e colocaram na nossa carteira como auxiliar de serviços gerais. Nossa alimentação era R$ 14 e baixaram para R$ 11. Estamos aqui na frente da empresa, e a menina que trabalha não tem uma posição para nos dar, pedimos o telefone da empresa, que não é de Feira, é de Salvador. Ela falou para a gente que a prefeitura não fez o repasse, mas na semana passada a prefeitura informou que não devia a terceirizada nenhuma, e mesmo que estivesse devendo, a empresa, quando assume um contrato, tem que ter um capital de giro de pelo menos 90 dias para arcar com as custas trabalhistas”, reclamou o trabalhador.

Erileno Moreira disse ainda que muitos porteiros estão indo trabalhar a pé e sem se alimentar. “Até hoje estamos trabalhando, o mês venceu e a empresa não pagou ainda. Hoje deram a um colega nosso um cartão de transporte, mas quando ele entrou no ônibus, passou vergonha, porque o cartão não tinha limite, era fictício. Todo mundo aqui é porteiro e em momento nenhum abandonamos nosso serviço. Eu pergunto a você se a Embasa, Coelba, o homem da quitanda esperam? O Dia dos Pais foi ontem e não tivemos condições de fazer um almoço digno, sem um centavo na mão. Vamos para a Seduc saber da secretária Anaci Paim uma posição. Porque não tenho mais dinheiro para pagar transporte, se alimentar, não tenho condições de arcar e fazer o serviço devendo”, protestou.

Questões burocráticas

Em contato com o Acorda Cidade, o representante da empresa Fundação ADM afirmou que a situação com relação ao atraso do pagamento ocorreu devido a questões burocráticas.

“O contrato com a prefeitura foi assinado no mês passado, para o processo de entrevista, avaliação, todo o cadastramento de funcionários, que demanda tempo. Fomos organizar a questão da organização e parte financeira, como a abertura de contas-salário de todos os funcionários”, justificou.

Ele ainda informou que não houve o repasse da prefeitura, mas ainda assim o pagamento iria ser feito na sexta-feira, mas isso não foi possível.

“Faremos hoje o pagamento ao trabalhadores da educação. A Fundação ADM tem 22 anos de atuação no mercado, não somente com trabalhos no estado da Bahia, mas em vários municípios, o governo federal em vários estados do país. Sempre prezamos pela transparência nas informações e o atendimento, tanto dos nossos clientes quanto dos nossos contratantes, e o bem-estar de nossa equipe, porém nós cumprimos tudo que está em contrato, e foi realmente por questões burocráticas, por questões documentais de ajuste de equipe, lançamento de informações, que num primeiro mês elas são comuns de acontecer, não é nem que nós buscamos ou que queremos que elas aconteçam, mas são comuns de acontecer. E o que nós fazemos é tentar mitigar todos os danos e tentar reduzir o máximo os prazos. Então era para ter sido pago no dia 12 mas nós não conseguimos cadastrar todas as contas dos funcionários na Caixa Econômica”, disse.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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