Gabriel Gonçalves
Professores da rede municipal, acompanhados por representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB) de Feira de Santana, se reuniram na manhã desta segunda-feira (10), em frente à nova sede da secretaria de Educação do município, localizada na rua Tuparis, bairro Santa Mônica.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da APLB, Marlede Oliveira, explicou que o objetivo do encontro foi cobrar o pagamento do salário de cerca de 800 professores que não foi realizado no final do mês de abril.
"Nós viemos aqui cobrar mais uma vez do governo municipal o salário dos professores, e todos sabem que aqui em Feira de Santana, os professores estavam com os salários cortados há um ano, e o prefeito sempre dizendo que não estavam tendo atividades. As atividades voltaram de forma remota, e os professores continuam utilizando os aparelhos pessoais. No dia 29 de abril, foi feito o pagamento e quase 800 professores ficaram sem salários, sem receber as 20h", disse.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Ainda segundo Marlede Oliveira, a secretária de Educação, Anaci Paim, informou à categoria que a falha ocorreu devido a um problema no sistema, mas que até esta terça-feira (11), teria uma resposta quanto ao pagamento dos outros professores.
"A professora Anaci informou que foi uma falha do sistema, e a gente sabe que quando tem um erro assim, sempre joga pro sistema, mas o que queremos é o pagamento dos salários dos professores, porque não tem condições dos professores ficarem dessa forma. Ela ficou de nos dar uma resposta até amanhã para que faça outra folha extra, porque já tinha sido feito uma folha extra e agora vai ter que fazer outra para poder pagar os professores que estão passando necessidades aqui em Feira de Santana", concluiu.
Junto com a categoria, o vereador e presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, Ivamberg Lima (PT), explicou que o grande compromisso é reforçar estes pedidos, fazendo o intermédio entre a APLB e a secretária Anaci Paim.
"Estou hoje aqui junto com a APLB no sentido de reforçar esses pedidos e intermediar os assuntos. A professora Anaci Paim nos recebeu, falou da questão de que amanhã vai dar uma resposta para a APLB quanto ao pagamento dos demais professores, além de ver a questão dos 20% das pessoas que trabalham nos distritos e ficou de ver com a procuradoria do município para que nos dê uma resposta. A conversa foi pacífica, acredito que o objetivo dessa reunião foi atingido e nós esperamos agora as respostas por parte da secretaria que vai entrar em contato com a APLB e se preciso, conosco", afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Procurada pela reportagem, a secretária Anaci Paim confirmou que houve uma falha no sistema, e alguns professores ficaram sem receber o pagamento das horas extras, mas que outros já receberam.
"Houve uma tramitação de processos que não tinham sido incluídos na folha inicial, e foi justificado isso. Alguns outros que não estavam incluídos, está sendo viabilizado. Os que não foram, a gente pediu para as diretoras enviarem as listas de confirmação. Temos que verificar a razão e eu pedi essas folhas pra gente saber por que não foram incluídos alguns professores", informou a secretária.
Em relação aos equipamentos de trabalho dos professores, Anaci Paim justificou que as escolas estão com os materiais, porém os professores não estão indo às unidades.
"Os equipamentos estão nas escolas, mas como os professores não estão indo para as escolas, não tem como os materiais irem para a casa de cada professor. Mas a plataforma está sendo disponibilizada pela secretaria, o acesso é desenvolvido a partir das orientações do setor pedagógico e cada professor utiliza do recurso que ele dispõe para acompanhar as atividades."
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade