Desde criança, o policial militar Thiago Machado, hoje com 33 anos, sonhava em seguir carreira na profissão. Mas para conseguir realizar o seu desejo, teve que passar por alguns sacrifícios.
A história dele serve como fonte de inspiração para outros concurseiros, que da mesma forma deseja passar no concurso da Polícia Militar, que em 2023 será realizado em sete cidades na Bahia, em 22 de janeiro.
Aos 29 anos, Thiago passou por dificuldades financeiras e passou a trabalhar como motorista de aplicativo. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele relatou que a vontade de ser policial era tão forte que algum tempo depois, após várias tentativas frustradas de passar no concurso da PM, ele resolveu abrir mão do trabalho, vender o carro e focar 100% nos estudos.
“O primeiro concurso foi em 2009, e de lá para cá, todo concurso da Polícia Militar, eu tentei, só que não da forma certa, e aí foi quando eu encontrei o curso do Projeto Quadrivium, que me deu uma direção melhor do que fazer e chegar ao processo de aprovação. Foi em 2018 que eu conheci o projeto e comecei a entender o que era estudar para concurso. Antes eu era motorista de aplicativo, e acabei tendo que decidir entre trabalhar ou estudar. Fiz a segunda opção, porque era meu sonho, e eu tinha que me jogar de cabeça”, afirmou o policial.
Ele contou que estudava todos os dias. A rotina começava às 8h e ia até meia-noite ou 1 hora da madrugada, de segunda a sábado. No domingo, Thiago fazia simulados pela manhã e à tarde descansava.
“90% do estudo foi no curso. Quando eu não estava na sala de aula, estava na cabine de estudo, que é um local que a gente tem aqui para sair da zona de conforto de casa. Quando eu fiz minha última inscrição, eu já tinha 30 anos, que era a idade limite. Quando eu decidi me dedicar mesmo no concurso, tive que escolher. Minha fonte de renda era rodar por aplicativo e resolvi vender para apostar todas as minhas fichas no concurso, e usei o dinheiro para me manter esse tempo, mas nesse período o dinheiro acabou e vieram outros problemas, ainda assim continuei no foco, que era o que eu queria.”
Segundo Thiago, em todo esse processo ele contou com o apoio da família. E ao final, conseguiu alcançar o objetivo de passar nas provas e ser selecionado.
“Tive o apoio da família, minha mãe não entendeu muito porque eu estava fazendo tudo aquilo, mesmo assim ela me apoiou. Hoje eu atuo no motopatrulhamento tático, e assim que eu terminei o curso de formação, tive a oportunidade de fazer um curso operacional na polícia e me especializei na área, hoje eu componho o Pelotão Garra do Asa Branca, que trabalha na área tática”, salientou.
De acordo com Thiago Machado, atualmente sua rotina de trabalho começa às 14h e vai até às 2 da manhã.
“É uma rotina de 12 horas e a gente faz a carga do material e saímos para operar. Se for sonho, se for sua motivação, foque que vale a pena. Para se destacar no concurso, basicamente a preparação é essencial, se você focar em conteúdo, questões e simulado, é uma boa base para a prova.”
Agora, o policial do pelotão Asa Branca está em busca de uma nova realização e estuda para conseguir passar no curso de Formação de Oficiais.
“Eu estou tentando retornar aos estudos, meu foco agora é o curso de formação de oficiais, e agora estou compondo aqui o que a gente chama de Sala de Inteligência para o Curso (SIC), onde a gente monta material didático, e além de estudar, a gente monta material voltado para concurso público”, contou.
Com informações do estagiário de jornalismo Kaio Vinicius do Acorda Cidade
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