Educação

Paralisação na rede municipal: Justiça manda APLB manter 70% dos professores em atividade em Feira de Santana

Município alegou que as paralisações realizadas pelo sindicato são recorrentes e sem formalização legal, configurando uma greve camuflada.

Professores e APLB
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A Justiça acatou, nesta terça-feira (23), uma ação movida pelo Município de Feira de Santana contra a APLB Sindicato – Delegacia Sindical Sertaneja (APLB Feira), determinando que a entidade mantenha, no mínimo, 70% dos professores em atividade nas unidades escolares da rede municipal.

Na ação a qual o Acorda Cidade teve acesso, o município alegou que as paralisações realizadas pelo sindicato, classificadas como recorrentes e sem formalização legal, configurariam uma greve camuflada e estariam prejudicando o direito à educação de milhares de alunos. As aulas estão suspensas há vários dias consecutivos desde a semana passada.

Com base na essencialidade da educação e na necessidade de garantir a continuidade do serviço público, o juiz Nunisvaldo dos Santos deferiu a tutela de urgência solicitada pela prefeitura.

A decisão estabelece ainda multa diária de R$ 5.000,00 em caso de descumprimento, “sem prejuízo de outras medidas legalmente previstas”, conforme trecho da liminar. O sindicato também foi citado para, caso queira, apresentar defesa no prazo de 15 dias.

A administração municipal informou que busca com a ação garantir a retomada imediata das aulas e evitar novas paralisações, assegurando o calendário letivo e o direito dos estudantes à educação.

Paralisação dos professores

Na tarde desta quarta-feira (16), os professores da rede municipal de ensino realizaram uma assembleia onde votaram pela continuidade da paralisação nos dias 22 e 23 de abril. A categoria já estava paralisada há três dias.

Entre as reivindicações, está o pedido de revogação da portaria que determinou a mudança na carga horária.