
Foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) já na madrugada desta sexta-feira (25), o projeto referente ao pagamento do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef).
O projeto foi aprovado com a maioria dos votos, mas o pagamento da dívida com os juros aos educadores foi rejeitada pelo relator, o deputado governista Vitor Bonfim (PV).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente do sindicato da APLB, Marlede Oliveira informou que a categoria está de parabéns, pois se manteve firme durante todo este processo.
“Quero parabenizar a todos os trabalhadores da educação, nós professores e funcionários das escolas da rede pública do estado, pela resistência de enfrentarmos o governo. A categoria resistiu, nós paralisamos desde a quinta-feira as atividades das escolas para poder enfrentar o governo, mas infelizmente o governo tem a maioria, são 43 deputados da base do governo, e eles não se sensibilizaram com o pedido da nossa categoria, que era o pagamento dos precatórios com juros. Já por volta de 1h da manhã desta sexta, os deputados aprovaram o pagamento dos precatórios, mas sem os juros”, afirmou.
Segundo a presidente da APLB, o sindicato tomará algumas medidas para reverter a situação.
“Nós vamos entrar com uma ação no Tribunal Regional Federal para que bloqueie os recursos dos juros que o governo não nos pagou. Vamos também entrar com uma ação no Supremo, porque o pagamento deve ser feito com juros e correção, no entanto, desde o ano passado que a gente vem sofrendo desta forma”, disse.
De acordo com Marlede Oliveira, os professores vão repor as aulas os dias que ficaram paralisados.
“A partir de hoje, as aulas já retornam, até porque em nossa última assembleia ficou definido que nós iríamos acompanhar de perto todo este processo, mas agora com esta decisão, não faz mais sentido continuar com as atividades paralisadas. As aulas serão retomadas, e teremos a reposição de todos os dias, pois temos que garantir os direitos das famílias, dos estudantes da rede pública do estado e iremos cumprir os 200 dias letivo. Estamos do lado da população, estamos do lado do povo, dos filhos da classe trabalhadora e no mais, é continuar na luta pela garantia do nosso direito”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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